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domingo, 12 maio, 2024

2º Festival de Danças Populares de Vitória começa nesta semana

20 grupos de dança se apresentarão na Ufes de 25 a 28 de maio

Por Rafael Goulart

Nesta quinta-feira (25), começa o 2º Festival de Danças Populares de Vitória. As apresentações são gratuitas e acontecerão até o dia 28 de maio na Universidade Federal Do Espírito Santo (Ufes).

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Idealizado pelo Grupo Andora, o evento conta com a participação de 16 grupos de dança capixabas e de quatro grupos convidados: Xique Xique (AL), Cia Folclórica do Rio (UFRJ), Maria Bonita (CE) e Vitória Régia (MT).

O 2° Festival de Danças Populares de Vitória conta com o apoio do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) e da Secretaria de Cultura da Ufes, e o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Neste ano, a mostra terá a participação de grupos de danças folclóricas afro-brasileiras, indígenas, latinas, nordestinas, alemãs, portuguesas, pomeranas, pantaneiras e de diversas expressões cênicas do Espírito Santo e de diferentes regiões do país.

A programação inclui oficinas artísticas, performances em espaços educativos e o encerramento na Concha Acústica do Parque Moscoso, no domingo, 28 de maio, com apresentação dos grupos participantes do festival.

Também estão previstas performances na Estação Pedro Nolasco, em Cariacica; na Feira Livre de Orgânicos de Jardim Camburi; e na Casa de Atendimento e Orientação às Crianças e Adolescentes (Projeto Caoca), no bairro Maria Ortiz, em Vitória. A exemplo do ano passado, estudantes de escolas públicas da Grande Vitória poderão acompanhar as atividades na Tenda Cultural da Ufes.

Atrações

GRUPO DE COCO DE RODA XIQUE XIQUE
@cocoxiqueal, Maceió (AL)
O Grupo de Coco de Roda Xique Xique, de Maceió (AL), foi criado em 2000 para animar a festa da comunidade de Santo Antônio, em Jacintinho (um dos bairros mais populosos da capital), e possui hoje 187 componentes, entre dançarinos, músicos, equipe de apoio e direção. No Festival de Danças Populares de Vitória, poderemos ver um combo de coreografia, figurino e energia contagiante do grupo.

COMPANHIA FOLCLÓRICA DO RIO – UFRJ
@ciafolcloricadorioufrj, Rio de Janeiro (RJ)
A Companhia Folclórica do Rio é um projeto artístico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com 35 anos de atuação. Formada por músicos, dançarinos, artistas plásticos e produtores culturais, seu objetivo é pesquisar, revelar, valorizar e semear a sabedoria popular brasileira. Através de pesquisas junto aos Mestres populares e comunidades, a Companhia fundamenta a criação de seus espetáculos de dança, música e teatros folclóricos, para um público de todas as idades.

GRUPO PARAFOLCLÓRICO VITÓRIA RÉGIA
@grupo.vitoriaregia, Cáceres (MT)
O Grupo Parafolclórico Vitória Régia busca por meio do quadro “Mato Grosso em festa” apresentar danças folclóricas mato-grossenses, especialmente, da região pantaneira (Siriri, Dança de São Gonçalo, Ciranda pantaneira, Curussé, Dança do Chorado, Dança do Congo, Rasqueado). O grupo desenvolve atividades folclóricas na região há mais de 13 anos, com crianças, jovens e adultos, fomentando a arte junto com a educação. Já participou de diversos festivais folclóricos nacionais e internacionais. Atualmente, conta com mais de 20 integrantes de diversas idades, desenvolvendo, além dos ensaios de dança, trabalhos de pesquisa e com a música regional.

ASSOCIAÇÃO CULTURAL MARIA BONITA
@grupomb.cult, Umari (CE)
Fundada no ano 2000, na Comunidade Rural do Logradouro, a Associação Cultural Maria Bonita nasceu com o objetivo de resgatar e preservar as manifestações culturais da região Centro Sul do Ceará. O primeiro espetáculo de dança da Associação foi a quadrilha junina; logo depois vieram o xaxado, coco de roda, maneiro pau, ciranda e dança de São Gonçalo. Desde 2009 é reconhecida como Ponto de Cultura, tendo oferecido atividades culturais para centenas de crianças, adolescentes e jovens do município de Umari.

BANDA DE CONGO BEATOS DE SÃO BENEDITO
@congo.beatossaobenedito – Vila Velha (ES)
A Banda de Congo Beatos de São Benedito nasceu da Associação Cultural Esportiva Recreativa Beatos do Espírito Santo (ACERBES), que trabalha a cultura popular através da pesquisa e prática do congo com crianças e jovens em comunidades de Vila Velha. Tem como lema “A Cultura Popular como Meio de Inclusão Social” e realiza importante trabalho em nível local e nacional, divulgando o Congo capixaba e os festejos tradicionais da cidade canela-verde.

GRUPO JONGO DE SANTA ANA
@jongosantaana – Conceição da Barra (ES)
O grupo de Jongo de Santa Ana é da comunidade de Santana Velha, localizada em Conceição da Barra. O Jongo é um elemento de identidade e resistência cultural para a comunidade, que preserva os saberes e fomenta a cultura local. O grupo possui um Ponto de Memória onde recebe visitantes, por meio de agendamentos com a mestra Maria Amélia, para uma boa prosa e para conhecer a medicina popular e o local onde são produzidos os seus instrumentos, como tambores, pandeiros e cangaias.

GRUPO ANDORA
@grupoandora – Vitória (ES)
Idealizadora do Festival de Danças Populares de Vitória, a Associação Cultural Andora é um projeto de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Tem como objetivo a formação de professores para atuação direta no ensino de manifestações da cultura popular em escolas e comunidades do Espírito Santo, promovendo a pesquisa nas comunidades tradicionais, repassando as experiências em cursos e oficinas, produzindo material didático e sistematizando danças, músicas e brincadeiras populares para apresentações em eventos socioculturais. Este ano, o grupo comemora 15 anos de história, tendo se apresentado em diversos países como França, Portugal, Itália, Chile e México, além das participações em importantes festivais nacionais de folclore em São Paulo, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

GRUPO ESTIRPE
@grupoestir – Mucurici (ES)
Direto de Mucurici, o Estirpe é um grupo capixaba de teatro e dança com fragmentos circenses, criado em 2005, com o objetivo de resgatar a história local e fortalecer a cultura regional. Em 18 anos de história, o grupo trabalha o forró em suas mais variadas vertentes. A dança afro surgiu no grupo por meio dos seus criadores, que, na época, estudavam características culturais da região. Após o primeiro espetáculo afro de rua de Mucurici, o grupo vem desmistificando e apresentando novas nuances embasadas em seus processos de pesquisa. Hoje é um ponto de referência para a cultura afro e para o forró nas cidades do interior do Espírito Santo.

BATE FLECHA SÃO SEBASTIÃO
@bateflecha – Alegre (ES)
Do Assentamento Floresta, no município de Alegre, o Grupo Bate Flecha São Sebastião se apresenta para manter viva a tradição desta dança de origem indígena e de louvor a São Sebastião. No ritmo marcado das flechas e das batidas dos pés, eles mostram sua cultura através da dança.

GRUPO FOLCLÓRICO OS POMERANOS
@gfospomeranos – Santa Maria de Jetibá (ES)
O grupo folclórico Os Pomeranos faz parte da vida dos moradores de Santa Maria de Jetibá desde 1986. Tem como finalidade resgatar e preservar a cultura pomerana, através das danças, trajes, músicas e teatros apresentados. O traje utilizado pelos dançarinos é o Mönchguter Fischertracht (traje dos pescadores), da ilha de Rügen, antigamente pertencente à Pomerânia e atualmente território da Alemanha. As apresentações são enérgicas e com gritos alegres, que, como diziam os antigos, espantam os maus agouros.

COLETIVO PERFORMANCE ITINERANTE
@performancesitinerante – Vitória (ES)
Fundado em 2019 por jovens artistas pretos das comunidades da Grande Vitória, o Coletivo de Performances Artísticas Itinerantes tem como objetivo o compromisso social e ancestral de protagonizar, valorizar e dar manutenção à cultura Afro-brasileira no território capixaba, com ações de dança, teatro, cantigas em yorubá, poesias de slam e percussão ao vivo. O grupo também desenvolve estudos e oficinas sobre as culturas dos povos tradicionais de matrizes africanas como forma de valorizar a oralidade, ancestralidade e herança cultural.

OS BRANDARINOS
@osbrandarinos1990 – Anchieta (ES)
Os Brandarinos é um grupo de dança portuguesa que surgiu em 1990 a partir da vivência de tradição religiosa na comunidade de Nossa Senhora do Rosário, no município litorâneo de Anchieta (ES), nos festejos em honra à padroeira desta comunidade. A expressão da dança portuguesa foi uma das demonstrações e estímulo do verdadeiro valor da identidade de um povo que valoriza a perenidade da sua cultura tradicional. É uma expressão cultural artística que revive e se mantém presente até os dias atuais.

BERGFREUND DE CAMPINHO
@gfcampinho, Domingos Martins (ES)
O Bergfreund é o primeiro grupo folclórico alemão do Espírito Santo e foi criado com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a cultura e a dança trazidas pelos imigrantes alemães à região de Domingos Martins. Em 39 anos de existência, realizou apresentações em países como Argentina, Uruguai, Portugal e Estados Unidos, além dos estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Participações

GRUPO IMPERIAL PORTUGUÊS
@imperialportugues_oficial – Conceição do Castelo (ES)
O Grupo Folclórico de Dança Imperial Português foi criado em 2018, com o propósito de manter as tradições do folclore luso-brasileiro, muito presente na região serrana do Espírito Santo, em cidades colonizadas por imigrantes portugueses. Com o fervor dos bailes portugueses, o rancho Imperial Português segue à risca os ritmos musicais presentes em Portugal, nas regiões de Minhota e Ilha da Madeira, com coreografias nos moldes desses locais. O grupo tem orgulho de manter vivas as tradições trazidas pelos imigrantes da região dos Açores ao Espírito Santo.

GRUPO DE DANÇAS FOLCLÓRICAS RHEINLAND
@grupo_rheinland, Domingos Martins (ES)
O Grupo de Danças Folclóricas Rheinland surgiu em 2014 como iniciativa da comunidade de São Bento do Chapéu, em Domingos Martins, com o objetivo de resgatar a cultura alemã local e mantê-la viva entre as gerações seguintes. O nome Rheinland significa “Terra do Reno”, já que os primeiros imigrantes alemães eram provenientes da região banhada pelo Rio Reno, um dos mais importantes do mundo, com forte presença na história dos países europeus.

GRUPO DE DANZA MAMBURÉ
@mamburedanzas – Vitória (ES)
O Mamburé é um grupo de danças folclóricas e contemporâneas, constituído por jovens latino-americanos que procuram a divulgação cultural de seus países de origem no território brasileiro. O grupo possui 10 anos de atuação. “Mamburé” é uma palavra associada à união das comunidades indígenas – significa festa, comemoração e alegria. Com isso, o grupo tem como objetivo o resgate de uma visão ampla da diversidade e igualdade cultural, por meio das danças e atividades com temáticas latinas.

COLETIVO EMARANHADO
@coletivoemaranhado, Vitória (ES)
O Emaranhado é um coletivo capixaba de artes integradas com dispositivo na dança, criado no ano de 2013, na cidade de Vitória. O grupo busca caminhos afrorreferenciados para pensar as artes cênicas, em especial a dança e suas ramificações.

CIA NEGRAÔ
@cianegrao, Vitória (ES)
Fundada em 1991, a Cia Negraô nasceu com o objetivo de resgatar, difundir e preservar a cultura negra capixaba, brasileira e universal através da dança. Reconhecido com o título de Utilidade Pública Estadual (Lei 5.338), o grupo desenvolve um trabalho voltado para as periferias, colaborando principalmente com o resgate da autoestima, a valorização do indivíduo e sua inserção na sociedade. Com trabalho artístico amplamente reconhecido no Espírito Santo, a companhia já se apresentou em outros territórios, como México, Equador e o estado da Bahia.

BÁRBARA VERONEZ (SOLO DE FLAMENCO)
@barbara.veronez, Vitória (ES)
Bárbara Veronez é bailarina, cantora, compositora e pesquisadora das danças e suas musicalidades. Nascida em Vitória, possui desde 2014 seu trabalho autoral marcado pela forte implicação entre ritmo e dança. Em 2016, passou a construir sua trajetória na música como cantora, instrumentista e compositora. Em sua aula-espetáculo “Corpo Ritmado: o Rastro do Passo em 4 Danças”, o público é convidado a um percurso musical, imagético e sensorial por meio de quatro danças que possuem como elemento comum os pés ritmados.

JOÃO BANANEIRA
@joaobananeiracariacica, Cariacica (ES)
Personagem ícone e símbolo do Carnaval de Congo de Máscaras, de Roda D’agua, Cariacica, João Bananeira traz a figura do mascarado, cobrindo o corpo com folhas secas de bananeira. O brincar no meio do povo, aparecendo sem ninguém saber de onde, e indo embora ao final da festa, mantendo a identidade em segredo, se tornou uma tradição incorporada à festa folclórica. Desse modo, é na batida do tambor, ao som da casaca, que o mascarado anuncia a tradição, religiosidade, folclore e a cultura que representam a memória e a história de um povo, em especial dos negros fugidos da escravização, que festejavam Nossa Senhora da Penha, em Cariacica.

 

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