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sexta-feira, 26 abril, 2024

Mais de mil PMs responderão a inquéritos

Esses policiais, que representam mais de 10% de todo o efetivo da PM capixaba, serão processados por “risco a disciplina” e por “dano a sociedade ou a corporação”.

O Boletim Geral da Polícia Militar do Espírito santo, que circula internamente nesta sexta-feira (17), aponta que 1.151 policiais vão responder a inquéritos internos por “risco a disciplina” e por “dano a sociedade ou a corporação”, durante a crise de segurança que afeta o Estado. Isso significa mais de 10% de todo o efetivo, hoje em torno de 10 mil policiais. Os nomes ainda não foram divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp-ES) e os policiais podem até ser expulsos da corporação.

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Entre os 10 mil policiais na ativa, dois mil saem as ruas todos os dias para o policiamento ostensivo.  Mas, no dia 3 de fevereiro, todos eles sumiram das ruas, sob alegação de estarem impedidos de saírem dos quartéis, em consequência de um movimento de protesto de familiares em defesa de melhores condições salariais e de trabalho. Essa ausência, resultou na tomada das ruas pelos bandidos. Assaltos, assassinatos, saques. O estado foi tomado por um tsunami de violência que tornou o capixaba refém do medo.

O governo se recusou a negociar enquanto as portas dos quartéis não fossem desocupadas, alegando que policiais militares não podem fazer greve porque é proibido pela constituição e que o posicionamento das mulheres era uma tentativa de encobrir o que, supostamente, seria um motim dos PMs. O bloqueio se manteve irredutível e o Espírito Santo pediu socorro às forças federais, que demoraram uma semana para colocar nas ruas uma frota capaz de retomar a normalidade da rotina das cidades. Passados 14 dias do início do movimento, o policiamento ostensivo por parte da PM não está normalizado.

Na publicação desta sexta-feira também estão listados os 124 militares que responderão Processos Administrativos Disciplinares de Rito Ordinário (PAD-RO), o que já havia sido anunciado pelo Governo. Esses policiais atuam há menos de dez anos na corporação, já foram afastados das funções na rua, tiveram que entregar colete e armamento e passaram a exercer apenas funções administrativas. Ao final do processo, também podem ser expulsos. Este processo tem prazo de 30 dias para conclusão, podendo ser prorrogado por mais 20 dias.

O boletim traz ainda 27 casos, de policiais que possuem mais de dez anos de corporação. relacionados ao Conselho de Disciplina.  Eles também tiveram que entregar colete e armamento, irão ficar à disposição do Conselho de Disciplina e fora das ruas e correm o risco de serem demitidos. A polícia tem seis anos para concluir o processo, contando a partir da data do fato constante da acusação. Depois desse prazo, ela não mais poderá punir o policial.

 

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