{"id":99173,"date":"2020-12-08T15:39:48","date_gmt":"2020-12-08T18:39:48","guid":{"rendered":"https:\/\/esbrasil.com.br\/?p=99173"},"modified":"2020-12-08T15:39:48","modified_gmt":"2020-12-08T18:39:48","slug":"comanda-premia-capixabas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/esbrasil.com.br\/comanda-premia-capixabas\/","title":{"rendered":"Comanda Mauricio de Oliveira premia artistas capixabas"},"content":{"rendered":"

Comenda Maur\u00edcio de Oliveira de 2020 ser\u00e1 entregue \u00e0s 19 horas do dia 10 de dezembro (quinta-feira)<\/h2>\n

Por Leulittanna Eller Inoch\u00a0<\/strong><\/p>\n

Criada para ser concedida aos cidad\u00e3os engajados no movimento cultural e que tenham contribu\u00eddo de forma significativa para o crescimento da cultura da cidade.<\/p>\n

Devido \u00e0s medidas de combate ao novo coronav\u00edrus, a cerim\u00f4nia ser\u00e1 on-line, pelo aplicativo Google Meet. \u00c9 preciso se inscrever para receber o link 30 minutos antes da cerim\u00f4nia.<\/p>\n

Seis representantes de movimentos culturais significativos capixabas ser\u00e3o homenageados: Bernadette Lyra, Chico Lessa, Dona Laura Felizardo (post-mortem), Margarete Taqueti, Renato Santos e S\u00e9rgio Blank (post-mortem).<\/p>\n

Comenda<\/h4>\n

O t\u00edtulo honor\u00edfico recebeu o nome do maestro Maur\u00edcio de Oliveira como forma de reconhecimento e gratid\u00e3o a um dos maiores violonistas do Pa\u00eds e um \u00edcone da cultura do Esp\u00edrito Santo.<\/p>\n

Maur\u00edcio de Oliveira nasceu em Vit\u00f3ria, em 1925, e, aos seis anos, j\u00e1 se dedicava \u00e0 m\u00fasica. Sua obra “Can\u00e7\u00e3o da Paz” foi apresentada no 5\u00ba Festival Mundial da Juventude, em Vars\u00f3via (Pol\u00f4nia), e lhe rendeu o segundo lugar no evento.
\nLogo abaixo, conhe\u00e7a um pouco mais sobre os homenageados deste ano.<\/p>\n

Bernadette Lyra<\/h4>\n

\u00c9 escritora de fic\u00e7\u00e3o e pesquisadora em cinema. Ocupa a cadeira n\u00famero 1 da Academia Esp\u00edrito-Santense de Letras, possui pr\u00eamios liter\u00e1rios obtidos por todo o Pa\u00eds, tem contos em antologias no Pa\u00eds e no exterior e mais de 15 livros publicados.
\nSeu romance \u201cUlpiana\u201d (2019) \u00e9 semifinalista do pr\u00eamio internacional Oceanos (2020) e seu livro de contos \u201cMem\u00f3ria das Ru\u00ednas de Creta\u201d esteve entre os finalistas do pr\u00eamio Jabuti (1997). Participa da s\u00e9rie \u201cHerdeiros de Saramago\u201d, da TVP1 portuguesa (ep.7), como convidada da escritora Andreia Del Fuego (2020).<\/p>\n

Bernadette Lyra nasceu em Concei\u00e7\u00e3o da Barra, em 1938. \u00c9 formada em Letras, na Ufes, tem mestrado em Comunica\u00e7\u00e3o na UFRJ, doutorado em Cinema na USP e p\u00f3s-doutorado na Universit\u00e9 Ren\u00e9 Descartes\/Sorbonne (Paris). Atuou como Secret\u00e1ria de Estado da Cultura do Esp\u00edrito Santo (1996-1997). \u00c9 s\u00f3cia-fundadora da Sociedade Brasileira de Cinema e Audiovisual e v\u00e1rias vezes foi eleita para o Conselho Deliberativo e o Comit\u00ea Cient\u00edfico da Socine. \u00c9 colunista quinzenal do caderno \u2018Opini\u00e3o\u2019 do jornal A Gazeta.<\/p>\n

Foi professora visitante da Universidade do Algarve (Portugal) em 2008 e \u00e9 professora em\u00e9rita da Ufes e professora visitante no Programa de P\u00f3s-Gradua\u00e7\u00e3o em Comunica\u00e7\u00e3o (PPGCom) em Comunica\u00e7\u00e3o e Territorialidades\/Ufes.<\/p>\n

Chico Lessa<\/h4>\n

M\u00fasico profissional com 44 anos de carreira. Em 1966, iniciou seus estudos de viol\u00e3o com o professor Maur\u00edcio de Oliveira; estudou harmonia funcional com S\u00e9rgio Benevenutto e Vilma Gra\u00e7a; fez aulas de aperfei\u00e7oamento t\u00e9cnico para execu\u00e7\u00e3o de viol\u00e3o e guitarra com Bruno Mangueira, Toninho Horta e Juarez Moreira; estudou t\u00e9cnica vocal com Pep\u00ea Castro Neves; cursou o primeiro ano de licenciatura em viol\u00e3o na Faculdade de M\u00fasica do ES (Fames).<\/p>\n

Trabalhou ainda na \u00e1rea de educa\u00e7\u00e3o como instrutor musical para crian\u00e7as e adolescentes dentro do projeto Cajun, da Prefeitura de Vit\u00f3ria, e na Escola de M\u00fasica do Espirito Santo.
\nO m\u00fasico e compositor iniciou sua carreira em Vit\u00f3ria nos anos de 1960, ao som da Bossa Nova e Beatles, e manteve uma liga\u00e7\u00e3o com sua terra e sua gente que perpassa por todas as suas can\u00e7\u00f5es. Participante dos mais importantes festivais de m\u00fasica realizados no pa\u00eds (Globo – 1969-1970) e integrante do movimento musical Clube da Esquina, Chico Lessa tem m\u00fasicas gravadas por importantes artistas da MPB, tais como \u201cBoca Livre\u201d, \u201cL\u00f4 Borges\u201d e o lend\u00e1rio \u201cSom Imagin\u00e1rio\u201d, e uma longa viv\u00eancia de amizade e trabalho com companheiros de estrada como Wagner Tiso, Marcio Borges, Murilo Antunes, Ana Terra, Nan\u00e1 Vasconcelos, 14 Bis, Beth Carvalho, Jorge Mautner, entre outros.<\/p>\n

Seus dois \u00faltimos CDs, \u201cNo tom de sempre\u201d e \u201cUm guarda-chuva pra esquecer\u201d, foram produzidos por Toninho Horta, uma lenda internacional na \u00e1rea musical, ganhador do Pr\u00eamio Grammy Latino 2020. Ao lado de Andrea Ramos, participou do Pr\u00eamio Pixinguinha- Funarte- 2009, com o Cd \u201cAndrea Ramos canta Chico Lessa\u201d, produzido por Bruno Mangueira.<\/p>\n

Dona Laura Felizardo<\/h4>\n

Nascida em 1928 na comunidade do Morro do Feij\u00e3o, em Jo\u00e3o Neiva, Laura Felizardo, a Dona Laura, ficou reconhecida como uma das personalidades mais celebradas do congo capixaba, tradi\u00e7\u00e3o que sua fam\u00edlia foi uma das precursoras no Esp\u00edrito Santo.<\/p>\n

Laura \u00e9 consangu\u00ednea do povo africano Bantu, cujo grupo etnolingu\u00edstico influenciou profundamente a cultura afro-brasileira e capixaba. Colodino Felizardo, o bisav\u00f4 de Laura, foi um dos respons\u00e1veis por trazer da \u00c1frica os ritmos do congo e implantado em solos capixabas. A cultura do congo \u00e9 reconhecida como patrim\u00f4nio imaterial desde 2014. Dona Laura faleceu em 7 de junho de 2020, aos 92 anos.<\/p>\n

Margarete Taqueti<\/h4>\n

Com forma\u00e7\u00e3o em Odontologia, Margarete Taqueti iniciou sua carreira na cultura ainda na universidade, tendo experi\u00eancias no teatro e no cinema.
\nParticipou ainda do movimento cineclubista universit\u00e1rio, que teve como conquistas a cria\u00e7\u00e3o do Teatro Universit\u00e1rio, da Casa da Cultura Capixaba, de cineclubes, entre outros.<\/p>\n

No cinema, assinou o roteiro de Concha, o primeiro da carreira, em 1987. Em 1992, produziu seu document\u00e1rio “A Lira Mateense, a Musicalidade de um povo”. Desde ent\u00e3o, participa de pesquisas hist\u00f3ricas, de conselhos de cultura, de curadorias de mostras e de realiza\u00e7\u00f5es audiovisuais e autorais premiados ou n\u00e3o, de grande import\u00e2ncia para a mem\u00f3ria e para a filmografia do Esp\u00edrito Santo.<\/p>\n

Em 2006, conquistou o 2\u00ba lugar na categoria Gest\u00e3o P\u00fablica do Pr\u00eamio Cultura Viva, do Minist\u00e9rio da Cultura, com o projeto MoVA Capara\u00f3 \u2013 Mostra de V\u00eddeo Ambiental da regi\u00e3o do Capara\u00f3, iniciativa que esteve sob coordena\u00e7\u00e3o de Margarete durante seis edi\u00e7\u00f5es anuais, quando ela ocupava o cargo da Subger\u00eancia Audiovisual na Secretaria de Estado da Cultura (Secult).<\/p>\n

Renato Santos<\/h4>\n

Membro fundador da Primeira Companhia Profissional de Dan\u00e7a Afro do Esp\u00edrito Santo, o Negra-\u00f4. Foi Coordenador do Curso de Dan\u00e7a da Escola T\u00e9cnica de Teatro, Dan\u00e7a e M\u00fasica Fafi, foi respons\u00e1vel pela elabora\u00e7\u00e3o e lan\u00e7amento do Curso de Qualifica\u00e7\u00e3o em \u201cDan\u00e7a Afro Brasileira C\u00eanica\u201d com o M\u00e9todo Mercedes Baptista do Museu Capixaba do Negro (Mucane).<\/p>\n

A hist\u00f3ria do artista Renato Santos se confunde com a trajet\u00f3ria do empoderamento das artes Afro Brasileira C\u00eanica no Estado. Iniciado na sua tenra inf\u00e2ncia pelo seu av\u00f4, Prud\u00eancio Mateus dos Santos, nas artes marciais, Afro Brasileira e Africana, na modalidade do jogo de Pernadas e Gambela e basula, nos anos 80 formou em Bal\u00e9 Cl\u00e1ssico do Royal Bal\u00e9 e estudou a Dan\u00e7a Afro Brasileira C\u00eanica do M\u00e9todo de Mercedes Baptista no St\u00fadio de Bal\u00e9 Lenira Borges.<\/p>\n

Na mesma d\u00e9cada, ingressou na Ufes como aluno do curso de Educa\u00e7\u00e3o F\u00edsica, onde estudou o M\u00e9todo de Dan\u00e7a Moderna – Martha Graham, M\u00e9todo de Dan\u00e7a Contempor\u00e2nea – Dan\u00e7a-Teatro – Pina Bausch e o M\u00e9todo dos Movimentos – Rudolf Laban. Como aluno universit\u00e1rio participou, junto com professores e outros alunos da iniciativa de profissionaliza\u00e7\u00e3o da categoria Dan\u00e7a Afro Brasileira C\u00eanica.
\nAtualmente \u00e9 coordenador da a\u00e7\u00e3o multidimensional de avivamento da Hist\u00f3ria da Di\u00e1spora Africana no Centro Hist\u00f3rico e do Morro Fonte Grande\/Piedade, no Centro de Vit\u00f3ria.<\/p>\n

S\u00e9rgio Blank<\/h4>\n

Nascido em 1964, em Cariacica, S\u00e9rgio Blank \u00e9 conhecido por seus poemas, livros e atua\u00e7\u00e3o como promotor de lan\u00e7amentos de obras e coordenador de oficinas e encontros liter\u00e1rios. O poeta ocupava a cadeira n\u00famero 9 da Academia Esp\u00edrito-Santense de Letras desde 22 de julho de 2019.<\/p>\n

Ao todo, publicou seis obras liter\u00e1rias: “Blue Sutil” (2019); “Os dias \u00edmpares” (2011); “Safira”, livro infantil, lan\u00e7ado em 1991 pelo Departamento Estadual de Cultura; “V\u00edrgula” (1996), “A tabela peri\u00f3dica” (1993), “Pus” (1987) e “Um” (1989), al\u00e9m de poesia e textos avulsos. O \u00faltimo livro (Blue Sutil) \u00e9 composto por poemas que o autor publicou primeiramente nas redes sociais.<\/p>\n

S\u00e9rgio Blank faleceu em 23 de julho deste ano e deixa um legado para a literatura capixaba com importantes obras e participa\u00e7\u00f5es ao longo da carreira.<\/p>\n

Compuseram a comiss\u00e3o de concess\u00e3o da Comenda Maur\u00edcio de Oliveira:
\n\u2022 representantes do Poder P\u00fablico Municipal: Anderson da Silva Paiva, Helena Maria Ferreira Luiz e Wanya de Siqueira Mayhe;
\n\u2022 representantes da Sociedade Civil: Castiel Vitorino Brasileiro, Erly Milton Vieira Junior e Jos\u00e9 Roberto Santos Neves.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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