{"id":4763,"date":"2011-09-14T12:30:53","date_gmt":"2011-09-14T15:30:53","guid":{"rendered":"https:\/\/esbrasil.com.br\/?p=4763"},"modified":"2011-09-14T12:30:53","modified_gmt":"2011-09-14T15:30:53","slug":"vivo-para-trabalhar-ou-trabalho-para-viver","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/esbrasil.com.br\/vivo-para-trabalhar-ou-trabalho-para-viver\/","title":{"rendered":"Vivo para trabalhar ou trabalho para viver?"},"content":{"rendered":"

\"\"Por que trabalhamos? O trabalho \u00e9 a maneira proposta pela sociedade para conseguir uma remunera\u00e7\u00e3o que proporcione uma vida mais digna e confort\u00e1vel. Al\u00e9m disso, trabalhamos para desenvolver uma carreira, sermos bem-sucedidos profissionalmente e felizes com aquilo que escolhemos fazer. Se antes trabalh\u00e1vamos para sobreviver, hoje a l\u00f3gica se inverteu e muitos est\u00e3o vivendo para o trabalho e esquecendo que a vida tem muito mais a oferecer. Ser\u00e1 que esse \u00e9 o seu caso? Que tal parar e rever suas atitudes, antes que seja tarde demais? <\/p>\n

Nos dias de hoje, qualificar-se para ter um bom emprego tornou-se o principal objetivo de vida de muitos. O sucesso \u00e9 visto, cada vez mais, como sin\u00f4nimo de um emprego de qualidade e uma boa remunera\u00e7\u00e3o. Nesse contexto, muitos s\u00e3o os que se dedicam exclusivamente \u00e0 vida profissional, esquecendo-se de dar aten\u00e7\u00e3o \u00e0 fam\u00edlia, aos amigos e ao seu pr\u00f3prio bem-estar.<\/p>\n

A pr\u00e1tica do “vivo para trabalhar” tem sido a realidade de muitos profissionais, que se dedicam intensamente ao trabalho e a outras coisas que n\u00e3o deveriam ser, verdadeiramente, suas prioridades. Para o psiquiatra Jovino Ara\u00fajo, comportamentos extremos, como o v\u00edcio no trabalho e o consumismo, s\u00e3o grandes riscos para o ser humano. “De um lado, temos a ado\u00e7\u00e3o de posi\u00e7\u00f5es fundamentalistas, radicais; de outro, encontramos o consumismo sem limites, o que \u00e9 um grande exemplo da indiferen\u00e7a entre os seres humanos. Nos dois lados, o ser humano se afasta de si mesmo e dos outros, num rumo contr\u00e1rio ao sentido da vida”, enfatiza.<\/p>\n

E Por causa da rotina intensa de trabalho, alguns profissionais acabam n\u00e3o tendo “tempo” para desenvolver sua vida pessoal e social, deixando de fazer muitas coisas que t\u00eam vontade. \u00c9 comum, quando chegam ao final da vida, que essas pessoas percebam o quanto perderam, deixando, por exemplo, de passar mais tempo com os filhos, de ver o crescimento deles, de fazer uma caminhada na praia ou at\u00e9 mesmo de dedicar umas horinhas aos seus melhores amigos. “A maior heran\u00e7a que podemos deixar para nossos filhos \u00e9 a possibilidade de viver livremente a vida afetiva. E esse ensinamento \u00e9 transmitido diretamente, no cotidiano, com tempo dispon\u00edvel, aten\u00e7\u00e3o sincera, espa\u00e7o para o di\u00e1logo e carinho”, ensina o psiquiatra.<\/p>\n

Muitos at\u00e9 acreditam que o conceito de felicidade e bem-estar est\u00e1 ligado ao dinheiro, sendo por isso necess\u00e1rio trabalhar excessivamente para conseguir o que se deseja e tornar-se uma pessoa feliz. Segundo o diretor-executivo da Acroy Consultoria em RH, Elias Gomes, essa vis\u00e3o \u00e9 totalmente enganosa. “Para ter \u00eaxito profissional, \u00e9 necess\u00e1rio tamb\u00e9m ter \u00eaxito familiar, sa\u00fade, de crescimento pessoal, e n\u00e3o ir em busca apenas do consumo. De que adianta, por exemplo, dar a casa mais luxuosa para a sua fam\u00edlia, sendo que voc\u00ea nunca poder\u00e1 estar presente?”, questiona.<\/p>\n

Equil\u00edbrio<\/strong>
No entanto, ao contr\u00e1rio do que o mundo p\u00f3s-moderno sugere, \u00e9 poss\u00edvel sim reorganizar o tempo e conseguir manter o equil\u00edbrio entre trabalho e vida pessoal. A dica \u00e9 distribuir sua energia entre todos os campos de interesse, sendo que o trabalho deve ser apenas um deles. O espa\u00e7o dedicado \u00e0 fam\u00edlia, aos amigos, ao crescimento espiritual, ao corpo e a todas as outras \u00e1reas deve ser reservado e preservado, sempre.<\/p>\n

Elias Gomes explica que, para quem n\u00e3o consegue se desligar do trabalho, a solu\u00e7\u00e3o pode ser determinar metas. “\u00c9 importante programar que uma vez na semana vai jantar fora, ou vai levar os filhos ao cinema… A quest\u00e3o \u00e9 abrir o calend\u00e1rio e marcar na agenda. Com o tempo, essas a\u00e7\u00f5es v\u00e3o se tornando um h\u00e1bito, que, depois de adquirido, n\u00e3o \u00e9 mais desfeito”, conta Elias.<\/p>\n

Ainda segundo o executivo, as pessoas j\u00e1 passam a maior parte da vida trabalhando e, por isso, \u00e9 necess\u00e1rio se organizar para aproveitar o resto do tempo. “A maior parte da vida a pessoa passa dentro do escrit\u00f3rio, realizando o seu trabalho. Para aproveitar o restante dela, o profissional tem que saber equilibrar todas as \u00e1reas de interesse”, aconselha.<\/p>\n

Identifica\u00e7\u00e3o<\/strong>
A quest\u00e3o principal \u00e9: voc\u00ea sabe se est\u00e1 passando dos limites no trabalho? Est\u00e1, afinal, vivendo para trabalhar? Comece a prestar aten\u00e7\u00e3o nos seus principais h\u00e1bitos, como o sono e a alimenta\u00e7\u00e3o. Se o sono est\u00e1 alterado, para mais ou para menos, ou ent\u00e3o se h\u00e1 cansa\u00e7o e indisposi\u00e7\u00e3o para o trabalho e a vida pessoal, esses podem ser sinais de alerta.<\/p>\n

Segundo o psiquiatra Jovino Ara\u00fajo, essas observa\u00e7\u00f5es s\u00e3o essenciais para perceber se a pessoa est\u00e1 ou n\u00e3o se excedendo. “A rigor, o padr\u00e3o de trabalho que gira em torno de jornadas semanais de 40 a 45 horas j\u00e1 \u00e9 um limite, e deveria sempre ser respeitado. Mas se as pessoas est\u00e3o sentindo cansa\u00e7o e indisposi\u00e7\u00e3o, \u00e9 necess\u00e1ria uma mudan\u00e7a urgente nos h\u00e1bitos”, alerta.<\/p>\n

Outro ind\u00edcio de que sua vida n\u00e3o est\u00e1 t\u00e3o nos eixos assim \u00e9 a manifesta\u00e7\u00e3o do estresse, que pode causar danos psicol\u00f3gicos, como instabilidade emocional, ansiedade e depress\u00e3o; danos f\u00edsicos, como enxaqueca, disfun\u00e7\u00f5es circulat\u00f3rias e alergias; e danos sociais, como queda no desempenho profissional, aus\u00eancias, entre outros.<\/p>\n

Agora, fa\u00e7a uma reflex\u00e3o: onde voc\u00ea estar\u00e1 quando n\u00e3o estiver mais trabalhando? Desfrutando de uma velhice doente e solit\u00e1ria? Usando as economias para cuidar do estresse causado pelas exaustivas horas trabalhadas? Lamentando n\u00e3o ter passado mais tempo com a fam\u00edlia? Ou vai estar com uma mente saud\u00e1vel, sem remorsos, porque viveu intensamente com amigos, fam\u00edlia e, tamb\u00e9m, com o trabalho. O conselho \u00e9: trabalhe, dedique-se e d\u00ea o seu melhor, mas n\u00e3o deixe de aproveitar as coisas que realmente fazem bem para voc\u00ea. O tempo passa r\u00e1pido, e quando voc\u00ea menos perceber vai querer fazer coisas que j\u00e1 n\u00e3o podem mais ser feitas.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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