{"id":3486,"date":"2011-06-10T10:00:41","date_gmt":"2011-06-10T13:00:41","guid":{"rendered":"https:\/\/esbrasil.com.br\/?p=3486"},"modified":"2011-06-10T10:00:41","modified_gmt":"2011-06-10T13:00:41","slug":"mercado-imobiliario-ha-o-risco-de-uma-bolha","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/esbrasil.com.br\/mercado-imobiliario-ha-o-risco-de-uma-bolha\/","title":{"rendered":"Mercado imobili\u00e1rio: h\u00e1 o risco de uma bolha?"},"content":{"rendered":"

\"\"Com a terceira onda de desenvolvimento do Esp\u00edrito Santo, principalmente por conta da cadeia g\u00e1s-petr\u00f3leo, uma movimenta\u00e7\u00e3o sem precedentes no mercado imobili\u00e1rio est\u00e1 ocorrendo no Estado. De norte a sul, de Concei\u00e7\u00e3o da Barra a Presidente Kennedy, o setor imobili\u00e1rio passa por um momento \u00edmpar no que se refere \u00e0 concess\u00e3o de cr\u00e9dito e formula\u00e7\u00e3o de pol\u00edticas p\u00fablicas de habita\u00e7\u00e3o. Para construtoras, institui\u00e7\u00f5es financeiras, incorporadoras e, principalmente, consumidores h\u00e1 expectativas, metas e muitos desejos. <\/p>\n

E cr\u00e9dito e incentivo n\u00e3o faltam neste momento. Em maio, o s\u00e9timo Feir\u00e3o Caixa da Casa Pr\u00f3pria, realizado em Vit\u00f3ria e Vila Velha, ofertou 18 mil im\u00f3veis. Apenas na Capital, o evento contou com a participa\u00e7\u00e3o de 18 agentes do segmento de constru\u00e7\u00e3o, entre construtoras e imobili\u00e1rias, e atraiu 15 mil pessoas. Segundo dados da Caixa, o valor m\u00e9dio das unidades vendidas \u00e9 de R$ 75 mil, pre\u00e7o competitivo de um apartamento de dois quartos na Serra. A expectativa \u00e9 de que o evento movimente, ao todo, aproximadamente R$ 300 milh\u00f5es.<\/p>\n

O ano de 2010, ali\u00e1s, foi hist\u00f3rico para a Caixa, que realizou o seu maior investimento habitacional: R$ 77,8 bilh\u00f5es, um crescimento de 57,2% em rela\u00e7\u00e3o aos investimentos realizados em 2009 e que corresponde a 70% de todo o cr\u00e9dito imobili\u00e1rio do mercado. Apenas no Esp\u00edrito Santo, os contratos financiados chegaram \u00e0 marca de 21.293, no valor total de R$ 1,612 bilh\u00e3o. Foram 16.055 contrata\u00e7\u00f5es, utilizando linhas de cr\u00e9dito com recursos do FGTS, que passaram dos R$ 830 milh\u00f5es, dos quais R$ 794,9 milh\u00f5es est\u00e3o dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, com 13.825 unidades.<\/p>\n

A oferta de lan\u00e7amentos contempla v\u00e1rios bairros. De acordo com o 18\u00ba Censo Imobili\u00e1rio divulgado no final do ano passado pelo Sindicato da Ind\u00fastria da Constru\u00e7\u00e3o Civil do Esp\u00edrito Santo (Sindicon-ES), as unidades em constru\u00e7\u00e3o na Regi\u00e3o Metropolitana aumentaram 21,5% em rela\u00e7\u00e3o ao primeiro semestre de 2010. S\u00e3o 32.336 unidades em constru\u00e7\u00e3o em 386 empreendimentos. Segundo o levantamento, bairros da Serra, como Laranjeiras II, Morada de Laranjeiras, Porto Canoa, Colina de Laranjeiras e Valpara\u00edso, respondem por grande parte dos lan\u00e7amentos: s\u00e3o 2.845 novas unidades, dentre as 8.727 lan\u00e7adas nos seis \u00faltimos meses de 2010. O Censo anterior, de maio de 2010, j\u00e1 mostrava o cen\u00e1rio favor\u00e1vel do setor: 79% das 26.614 unidades em constru\u00e7\u00e3o na Grande Vit\u00f3ria j\u00e1 haviam sido vendidas e 4.299 unidades tinham sido entregues, o maior percentual dos \u00faltimos seis anos.<\/p>\n

Segundo o estudo mais atual, os apartamentos de dois quartos seguem no topo de unidades constru\u00eddas e comercializadas. S\u00e3o 16.225 em constru\u00e7\u00e3o e 12.347 unidades j\u00e1 vendidas. O munic\u00edpio de Serra se destaca, com 40% das unidades em constru\u00e7\u00e3o. Em seguida, vem Vila Velha, com 33%; Vit\u00f3ria, com 24%, e Cariacica, com 3%. J\u00e1 quando se fala daqueles de quatro quartos, voltados para um publico de poder aquisitivo mais alto, os n\u00fameros foram mais conservadores, ainda que tamb\u00e9m equilibrados entre oferta e procura: 2517 em constru\u00e7\u00e3o e 1949 j\u00e1 vendidas.<\/p>\n

No interior do Estado, im\u00f3veis de todas as faixas tamb\u00e9m atraem investimentos de grandes empresas. Segundo o presidente da Galwan, Jos\u00e9 Luis Galv\u00eaas, a hora \u00e9 de analisar cuidadosamente a regi\u00e3o. “A Galwan est\u00e1 no Rio de Janeiro, com duas obras conclu\u00eddas e cinco em execu\u00e7\u00e3o, e tamb\u00e9m na Grande Vit\u00f3ria, mas n\u00e3o esquecemos o interior capixaba. Cachoeiro de Itapemirim e outros munic\u00edpios, com certeza, trar\u00e3o bons resultados para as empresas do setor de constru\u00e7\u00e3o. Estamos estudando o Esp\u00edrito Santo como um todo”, disse.<\/p>\n

Especula\u00e7\u00e3o imobili\u00e1ria?<\/strong>
Em um mercado em ebuli\u00e7\u00e3o, a d\u00favida, principalmente quando a lembran\u00e7a de uma crise econ\u00f4mica no mercado internacional ainda \u00e9 t\u00e3o recente, \u00e9 se pode ocorrer no Estado uma “bolha” imobili\u00e1ria, sobretudo por causa dos im\u00f3veis acima da faixa dos R$ 150 mil. Afinal, os grandes investimentos podem fazer disparar o valor dos im\u00f3veis?<\/p>\n

Para o diretor de Ind\u00fastria Imobili\u00e1ria do Sinduscon e diretor de Planejamento da Dacaza Construtora, Pedro Zamborlini, esse risco n\u00e3o existe. Segundo ele, uma valoriza\u00e7\u00e3o significativa \u00e9 at\u00e9 esperada neste momento, em que os empreendimentos anunciados em 2009 e 2010 est\u00e3o sendo inaugurados. No entanto, nada que seja preocupante. “A velocidade dos lan\u00e7amentos nos dois \u00faltimos anos foi muito alta, at\u00e9 por conta dos projetos voltados para a habita\u00e7\u00e3o que foram lan\u00e7ados, com vantagens, prazo e pre\u00e7o. Com a conclus\u00e3o desses empreendimentos, a tend\u00eancia natural \u00e9 um per\u00edodo de calmaria no mercado imobili\u00e1rio”, frisou.<\/p>\n

Ant\u00f4nio Ferreira compartilha da opini\u00e3o de Zambolini. Para ele, a forma com que o mercado e o governo trabalham acaba por eliminar qualquer risco de bolha. “N\u00e3o existe bolha; isso \u00e9 algo totalmente irreal no mercado brasileiro. Existe um d\u00e9ficit habitacional, e temos no pa\u00eds uma pol\u00edtica de cr\u00e9dito r\u00edgida e transparente. O nosso pa\u00eds est\u00e1 muito avan\u00e7ado em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 quest\u00e3o habitacional e o mercado est\u00e1 racional, com regulamentos claros. Temos controle sobre tudo, at\u00e9 o material de constru\u00e7\u00e3o entra na conta. N\u00e3o h\u00e1 como uma empresa querer lucros acima do mercado”, disse.<\/p>\n

Para Jos\u00e9 Luis Galv\u00eaas, especula\u00e7\u00e3o imobili\u00e1ria n\u00e3o pode ser confundida com uma eleva\u00e7\u00e3o de pre\u00e7os. “\u00c9 imposs\u00edvel haver uma bolha imobili\u00e1ria no Estado e no pa\u00eds. O credito habitacional no Brasil \u00e9 enorme. A bolha existe quando se tem mais dinheiro em torno do produto do que no pr\u00f3prio produto. O que acontece \u00e9 que, muitas vezes, precisamos aumentar sal\u00e1rios, benef\u00edcios e arcar com custos que passam por uma eleva\u00e7\u00e3o de valores. E isso \u00e9 repassado no custo final. Os im\u00f3veis com pre\u00e7os acima do limite dos programas do Governo est\u00e3o recebendo boa procura. Claro n\u00e3o existe aquela movimenta\u00e7\u00e3o dos mais populares, j\u00e1 que quem pode adquirir um im\u00f3vel de custo mais alto evita pegar financiamentos por conta dos juros e falta de subs\u00eddios espec\u00edficos. Estamos em um patamar de normalidade, com oferta e compradores equilibrados”, falou.<\/p>\n

Compradores equilibrados de uma classe m\u00e9dia aumentando. \u00c9 em que acredita o economista Orlando Caliman. “A bolha imobili\u00e1ria \u00e9 improv\u00e1vel, o que ocorre \u00e9 um ajuste natural do mercado, que tem suas fases de crescimento da oferta. Com um cen\u00e1rio otimista nos pr\u00f3ximos quatro anos, \u00e9 normal que mais empreendimentos sejam anunciados na Grande Vit\u00f3ria, Guarapari, Anchieta, Aracruz e Linhares, entre outros. E o forte deste per\u00edodo ser\u00e1 realmente o empreendimento popular, j\u00e1 que a classe m\u00e9dia cresceu no Estado”, disse.<\/p>\n

Como um dos \u00faltimos a entrar e um dos primeiros a sair da crise econ\u00f4mica que teve origem no setor imobili\u00e1rio americano, o Brasil mostra que sua pol\u00edtica habitacional d\u00e1 resultados e reduz riscos de “sustos” no setor. E no Esp\u00edrito Santo, a \u00fanica onda registrada continua sendo a do desenvolvimento.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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