{"id":192661,"date":"2023-04-25T11:15:13","date_gmt":"2023-04-25T14:15:13","guid":{"rendered":"https:\/\/esbrasil.com.br\/?p=192661"},"modified":"2023-04-26T10:09:49","modified_gmt":"2023-04-26T13:09:49","slug":"idade-renda-e-sedentarismo-sao-principais-fatores-para-obesidade","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/esbrasil.com.br\/idade-renda-e-sedentarismo-sao-principais-fatores-para-obesidade\/","title":{"rendered":"Idade, renda e sedentarismo s\u00e3o principais fatores para obesidade"},"content":{"rendered":"

O estudo, realizado pela FGV, utilizou dados da Pesquisa Nacional em Sa\u00fade e da Pesquisa de Or\u00e7amentos Familiares, ambas do IBGE<\/h2>\n

Pesquisa da Funda\u00e7\u00e3o Get\u00falio Vargas (FGV) indica que idade, condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas e falta de atividade f\u00edsica s\u00e3o os principais fatores associados \u00e0 preval\u00eancia da obesidade no Brasil. Dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE) apontam que seis em cada dez brasileiros est\u00e3o com sobrepeso. J\u00e1 a taxa de obesidade no pa\u00eds atualmente est\u00e1 em 20,1%.<\/p>\n

Pesquisadores da FGV realizaram uma proje\u00e7\u00e3o sobre a evolu\u00e7\u00e3o da obesidade no pa\u00eds e constataram que, caso a doen\u00e7a permane\u00e7a com a taxa de crescimento atual, em 2030, vai atingir 24,5% da popula\u00e7\u00e3o. Dentro dessa taxa de crescimento, segundo a pesquisa, algumas parcelas da sociedade s\u00e3o mais vulner\u00e1veis.<\/p>\n

O estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional em Sa\u00fade e da Pesquisa de Or\u00e7amentos Familiares, ambas do IBGE. Apesar da cren\u00e7a de que a obesidade est\u00e1 associada ao consumo de determinados alimentos, o levantamento indica este fator como pouco relevante, enquanto o estilo de vida e o modo de trabalho, bem como residir em zonas urbanas, aumentam a probabilidade de excesso de peso.<\/p>\n

Baixa renda<\/h4>\n

Ainda que a obesidade tenha crescido em pa\u00edses ricos e pobres, o estudo constatou que h\u00e1 um desequil\u00edbrio entre consumo e gasto cal\u00f3rico nas popula\u00e7\u00f5es de baixa renda.<\/p>\n

Segundo os dados, alguns motivos que apontam para uma vulnerabilidade maior nessa parcela da sociedade est\u00e3o relacionados ao acesso a alimentos mais baratos e pobres em nutrientes, com alta densidade cal\u00f3rica.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, a baixa escolaridade limita tamb\u00e9m o acesso a informa\u00e7\u00f5es nutricionais, impactando nos h\u00e1bitos alimentares dessa popula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Obesidade infantil<\/h4>\n

O estudo alerta que a obesidade infantil est\u00e1 bastante associada \u00e0 preval\u00eancia da doen\u00e7a ao longo de toda vida de uma pessoa. \u201cEsta rela\u00e7\u00e3o est\u00e1 muito mais enraizada do que a maioria dos indiv\u00edduos imagina, come\u00e7ando desde a amamenta\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n

Segundo a pesquisa, h\u00e1 ind\u00edcios de que os horm\u00f4nios presentes no leite materno contribuem para a saciedade do beb\u00ea e que essa pode ser uma estrat\u00e9gia para diminuir riscos de doen\u00e7as cr\u00f4nicas como a pr\u00f3pria obesidade.<\/p>\n

\u201cNeste cen\u00e1rio, a interrup\u00e7\u00e3o precoce do aleitamento materno e o modo de vida associado a meios de transportes, somado a um elevado vi\u00e9s de sedentarismo, s\u00e3o algumas das causas multidimensionais que contribuem para a obesidade infantil.\u201d<\/p>\n

Envelhecimento<\/h4>\n

O risco de desenvolver obesidade cr\u00f4nica costuma aumentar conforme o indiv\u00edduo vai ficando mais velho \u2013 a doen\u00e7a atinge cerca de 6% da popula\u00e7\u00e3o entre crian\u00e7as e adolescentes.<\/p>\n

\u201cPor\u00e9m, uma vez que a obesidade \u00e9 estabelecida na juventude, fica muito dif\u00edcil reverter este quadro at\u00e9 a vida adulta\u201d.<\/p>\n

Homens x mulheres<\/h4>\n

O estudo aponta ainda maior preval\u00eancia da obesidade entre mulheres, apesar da preval\u00eancia de sobrepeso ser maior entre os homens. Dados da Pesquisa Nacional em Sa\u00fade apontam uma taxa de 22% de obesidade em mulheres e de 18% em homens, enquanto o \u00edndice de sobrepeso em homens \u00e9 de 39% e em mulheres de 34%.<\/p>\n

A FGV destaca, entretanto, que a obesidade entre mulheres n\u00e3o costuma ser t\u00e3o grave quanto em homens, j\u00e1 que o aumento de peso no p\u00fablico masculino \u00e9 ligado \u00e0 regi\u00e3o do abd\u00f4men e \u00e0 possibilidade de doen\u00e7as cardiovasculares.<\/p>\n

Outras doen\u00e7as<\/h4>\n

A pesquisa tamb\u00e9m relaciona a obesidade a outras doen\u00e7as. A preval\u00eancia de hipertens\u00e3o, diabetes e colesterol alto, por exemplo, chega a ser duas vezes maior em pessoas obesas. Os n\u00fameros indicam 41,5%, 13,4% e 21,7% para o aumento de chance de obesos desenvolverem cada uma dessas doen\u00e7as, respectivamente.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, enfermidades respirat\u00f3rias como asma ou bronquite tamb\u00e9m s\u00e3o mais frequentes entre pessoas consideradas obesas (5,9%) que entre pessoas com peso normal (4,7%). O mesmo ocorre com condi\u00e7\u00f5es relacionados \u00e0 mobilidade, como artrite e problemas na coluna ou nas costas, que acometem respectivamente 11,3% e 24,9% dessa parcela da popula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Alimenta\u00e7\u00e3o<\/h4>\n

De acordo com o estudo, o consumo de leguminosas como feij\u00e3o e ervilha e de oleaginosas como amendoim e castanhas est\u00e1 associado a menores chances de ganho de peso.<\/p>\n

Segundo a FGV, o consumo do prato brasileiro cl\u00e1ssico, composto por arroz e feij\u00e3o, n\u00e3o traz riscos de aumento de peso. J\u00e1 outro costume do brasileiro, o churrasco, est\u00e1 associado a efeitos gritantes para o excesso de peso e a obesidade, principalmente quando associados a falta de pr\u00e1tica de exerc\u00edcios e ao consumo de bebida alco\u00f3lica.<\/p>\n

Com informa\u00e7\u00f5es Ag\u00eancia Brasil<\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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