A presidente Dilma Rousseff conta com os sete ministros peemedebistas para tentar barrar sa\u00edda do partido da base aliada.\u00a0<\/p>\n
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Depois de fracassar na tentativa de adiar a reuni\u00e3o do diret\u00f3rio nacional do PMDB, realizada no \u00faltimo s\u00e1bado a presidente Dilma Rousseff reuniu nesta quarta-feira (23) os sete ministros peemedebistas na tentativa de reverter o rompimento da sigla com o governo, uma situa\u00e7\u00e3o j\u00e1 declarada por muitos parlamentares da legenda que conseguiram at\u00e9 mesmo antecipar a reuni\u00e3o que ir\u00e1 definir o posicionamento oficial do partido de 12 de abril para 29 de mar\u00e7o.\u00a0<\/p>\n
E essa antecipa\u00e7\u00e3o mobilizou os ministros a agirem nos bastidores em defesa do\u00a0Planalto. Celso Pansera (Ci\u00eancia e Tecnologia) e Marcelo Castro (Sa\u00fade)\u00a0chegaram a afirmar que est\u00e3o dispostos a deixar seus cargos para retornar \u00e0\u00a0C\u00e2mara para votar contra o impeachment.\u00a0“Minha posi\u00e7\u00e3o \u00e9 que n\u00f3s n\u00e3o devemos deixar o governo. O PMDB veio at\u00e9\u00a0aqui com o governo, tem o vice. Seria uma irresponsabilidade ter ministros da\u00a0import\u00e2ncia como Sa\u00fade, Minas e Energia e Agricultura, e, em um momento\u00a0de crise t\u00e3o profunda, a gente esvaziar os minist\u00e9rios”, disse Pansera. E a\u00a0presidente Dilma afirmou ter certeza de que “os ministros est\u00e3o\u00a0comprometidos com sua perman\u00eancia no governo”.<\/p>\n
O ministros do PMDB\u00a0reclamam que Michel Temer, vice-presidente da Rep\u00fablica e presidente nacional do partido, n\u00e3o quis apoiar a\u00a0manuten\u00e7\u00e3o da data original de 12 de abril para reuni\u00e3o do diret\u00f3rio, acordada na conven\u00e7\u00e3o do partido, e que estaria contribuindo para a divis\u00e3o da sigla. A ala governista\u00a0acusa Temer de apressar a sa\u00edda do governo, por temer que novas revela\u00e7\u00f5es da Lava Jato possam inviabilizando sua eventual posse na Presid\u00eancia.\u00a0<\/p>\n
Mas o argumento \u00e9 rebatido pelo grupo do\u00a0vice \u00adpresidente que acusa a ala governista, ao aceitar\u00a0a nomea\u00e7\u00e3o de Mauro Lopes para a Secretaria de Avia\u00e7\u00e3o Civil, de criar o confronto, apostando nesse caminho\u00a0para vencer a disputa. Isso porque a\u00a0conven\u00e7\u00e3o havia decidido que nenhum filiado aceitaria novo cargo num\u00a0prazo de 30 dias, at\u00e9 12 de abril, quando o partido definiria se iria romper ou n\u00e3o com o\u00a0governo. Segundo o grupo que\u00a0defende o rompimento imediato, a estrat\u00e9gia\u00a0dos\u00a0ministros de permanecer no governo est\u00e1 errada porque o fim do governo j\u00e1 \u00e9 uma “senten\u00e7a p\u00fablica”. \u00a0<\/p>\n
Junto com os demais colegas, a ministra K\u00e1tia Abreu (Agricultura) disse \u00e0 presidente que a ala governista contaria com 79 votos no diret\u00f3rio contra o rompimento, enquanto o grupo a favor da sa\u00edda teria 66 votos. Tr\u00eas votos seriam indecisos. J\u00e1 o grupo pr\u00f3-rompimento optou por n\u00e3o fazer disputa p\u00fablica sobre o placar da vota\u00e7\u00e3o, mas aposta que os governistas ter\u00e3o uma surpresa desagrad\u00e1vel.<\/p>\n
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB\u00adAL), tamb\u00e9m deu apoio ao\u00a0governo. Depois de se reunir com o ex\u00ad-presidente Lula, ele disse que, embora na\u00f5 se sinta \u00e0 vontade para apoiar Dilma, uma vez que a presidente nunca lhe prestigiou no governo, n\u00e3o est\u00e1\u00a0caracterizado o crime de responsabilidade e que, por isto, n\u00e3o haveria\u00a0argumento jur\u00eddico para o impeachment. Segundo Calheiros, o PMDB n\u00e3o pode passar para a\u00a0hist\u00f3ria como o partido que foi decisivo para depor uma presidente sem base\u00a0legal.<\/p>\n
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