Por Darlan Campos<\/strong><\/p>\n Storytelling nada mais \u00e9 que a arte de contar hist\u00f3rias. Arte essa que remonta \u00e0 antiguidade humana, \u00e9 um ato inerente ao ser humano; h\u00e1 in\u00fameras pesquisas que nos provam que desde os prim\u00f3rdios da humanidade hist\u00f3rias s\u00e3o transmitidas, com finalidades diversas: sejam de entretenimento, advert\u00eancia, mas, principalmente, envolver indiv\u00edduos. O storytelling na pol\u00edtica \u00e9 extremamente importante, e vamos te explicar por que.<\/p>\n Se olharmos pela perspectiva de que todos desejam a aten\u00e7\u00e3o do eleitorado e s\u00e3o muitas mensagens atingindo esse eleitor simultaneamente, o que far\u00e1 diferen\u00e7a nas urnas \u00e9 aquele cuja hist\u00f3ria conseguiu se conectar com esse eleitor\/alvo. Eu gosto muito de utilizar uma met\u00e1fora, que \u00e9: Dirigir uma campanha se assemelha a dirigir um carro. Ou seja, devemos estar sempre atentos ao retrovisor, por que ningu\u00e9m pode dirigir sem olhar para tr\u00e1s.<\/p>\n No entanto, o para-brisas \u00e9 muito maior que o retrovisor, isso por que olhar para frente \u00e9 muito mais importante do que para tr\u00e1s.<\/p>\n Algumas campanhas s\u00e3o pautadas nas vit\u00f3rias e feituras do passado. Ent\u00e3o, traga esperan\u00e7a, mostre que voc\u00ea tem uma trajet\u00f3ria que permitir\u00e1 um futuro pr\u00f3spero. Quantas hist\u00f3rias vemos os homens p\u00fablicos contarem, que seguem um vi\u00e9s quase ficcional. Cheio de vil\u00f5es, reviravoltas, altos e baixos, mas n\u00e3o tem um prop\u00f3sito. Sabemos que contar hist\u00f3rias faz parte do ser humano, e, com o advento da internet esse ato passou a ser muito mais din\u00e2mico e simult\u00e2neo. Podemos, literalmente, transmitir nosso pensamento aos usu\u00e1rios das redes do outro lado do mundo em quest\u00e3o de segundos.<\/p>\n Al\u00e9m disso, minha hist\u00f3ria n\u00e3o termina no ponto final. Nas redes, ela continua sendo contada a cada intera\u00e7\u00e3o, ou seja, cada coment\u00e1rio, curtida, compartilhamento promove no receptor uma a\u00e7\u00e3o de participante, de coautor.<\/p>\n Sem d\u00favidas a internet \u00e9 o maior meio, atual, de disseminar hist\u00f3rias. \u00c9 um palco aberto. Ao longo dos anos descobrimos que n\u00e3o basta contar uma boa hist\u00f3ria para gerar frutos. Por\u00e9m, tanto no campo empresarial (para vendas) quanto no pol\u00edtico (para convers\u00e3o e capta\u00e7\u00e3o de votos), contar hist\u00f3rias pode ser enfadonho. Existe sim uma estrat\u00e9gia para criar um storytelling.<\/p>\n O primeiro passo \u00e9 saber meu objetivo, no caso da pol\u00edtica o objetivo \u00e9 tornar o pol\u00edtico a op\u00e7\u00e3o de voto. Segundo, descobrir para qual p\u00fablico o candidato deseja falar (a persona). Logo em seguida pensamos no enredo. O eleitor n\u00e3o busca hist\u00f3rias ideol\u00f3gicas, buscam, entretanto, boas narrativas, hist\u00f3rias reais com pessoas reais.<\/p>\n Toda boa hist\u00f3ria precisa de um her\u00f3i, e na pol\u00edtica esse papel \u00e9 do candidato. Quais qualidades e habilidades meu assessorado t\u00eam que preenche os requisitos para salvar a regi\u00e3o pleiteada? Toda hist\u00f3ria precisa levar em si a mensagem de que o meu candidato \u00e9 \u00edntegro e capaz.<\/p>\n \u00c9 muito interessante dividir suas hist\u00f3rias em temas, que sejam coesos com seus ideais e que no fim se conectem com uma mensagem central. N\u00e3o seja monotem\u00e1tico! Por isso, mescle suas hist\u00f3rias entre: narrativas de esperan\u00e7a, medo (cen\u00e1rio caso a oposi\u00e7\u00e3o ven\u00e7a), jornada do her\u00f3i entre outros.<\/p>\n Os eleitores, normalmente, n\u00e3o querem hist\u00f3rias grandiosas. Pelo contr\u00e1rio, eles desejam algo mais pr\u00f3ximo \u00e0 sua realidade, hist\u00f3rias de habitantes locais, contadas de forma simples e objetiva.<\/p>\n Para esse p\u00fablico a elei\u00e7\u00e3o mais importante \u00e9 a de prefeito e vereador, pois s\u00e3o essas figuras que podem, efetivamente, mudar a qualidade de vida imediata do cidad\u00e3o. Consequentemente, uma narrativa de espectro nacional n\u00e3o o afetar\u00e1 diretamente, exceto em elei\u00e7\u00f5es majorit\u00e1rias, claro.<\/p>\n Para isso utilizamos sempre do bom senso: se seu pleito \u00e9 municipal, reduza sua narrativa ao munic\u00edpio; se \u00e9 estadual, amplie seu foco para o estado, e assim sucessivamente.
\nPensando nisso, trouxemos uma s\u00e9rie de dicas para te auxiliar na estrutura de uma boa hist\u00f3ria, confira:<\/p>\n\u201cUm storytelling pol\u00edtico bem contado n\u00e3o tem o foco no passado, o desafio \u00e9 voltar essa narrativa para o futuro.\u201d<\/h4>\n
\nO Storytelling pol\u00edtico precisa ter um prop\u00f3sito<\/p>\n
\nPense que essa hist\u00f3ria como um ato que levar\u00e1 sua posi\u00e7\u00e3o moral ao seu receptor, que tem como objetivo levar receptor tomar uma decis\u00e3o. Portanto, essa constru\u00e7\u00e3o narrativa deve ser capaz de levar o ouvinte a assumir uma posi\u00e7\u00e3o.<\/p>\nO storytelling pol\u00edtico na era digital<\/h4>\n
\nEntretanto, storytelling n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 contar hist\u00f3rias<\/p>\nN\u00e3o se esque\u00e7a do her\u00f3i<\/h4>\n
Divida sua hist\u00f3ria e outras menores<\/h4>\n
Adeque-se ao tema<\/h4>\n
\nEm conclus\u00e3o, para criar uma conex\u00e3o com seu eleitor \u00e9 preciso utilizar um filtro, por onde se seleciona a pessoa, o enredo e, acima de tudo, o objetivo.<\/p>\n