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quinta-feira, 25 abril, 2024

Wilmar Barros Barbosa, participante do ES Brasil Debate, fala sobre desenvolvimento sustentável

Wilmar Barros Barbosa, participante do ES Brasil Debate, fala sobre desenvolvimento sustentávelNo dia 19 de setembro será realizado, no Hotel Bristol, na Praia de Camburi, em Vitória, o ES Brasil Debate. Desta vez o tema será: “Desenvolvimento: É possível crescer com sustentabilidade?”. Um dos debatedores confirmados, o diretor da Findes para assuntos do Meio Ambiente, Wilmar Barros Barbosa fala sobre desenvolvimento sustentável. Confira:

Porque o desenvolvimento sustentável tem crescido tanto no Brasil?
A busca pelo desenvolvimento sustentável tem crescido muito no Brasil. O desenvolvimento sustentável, se continuar nessa escala, deverá crescer. A colocação é que todos estão buscando isso, mas até conseguir os resultados sustentáveis tem um intervalo muito grande.

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Qual a importância desse crescimento nos dias de hoje?
Todo crescimento sustentável vai se prolongar ao longo do tempo. É um crescimento com base, com mecanismos de controle, com tudo que possa te certificar e te garantir que aquilo ali está dentro de uma realidade que não provoque danos externos. Essa condição é essencial para você ter o que está procurando. É totalmente diferente das empresas que ao longo desses anos passados apresentavam crescimento. Elas tinham crescimento, mas não tinham sustentabilidade. Com o passar de determinado tempo, essas empresas não existem mais.

No Espírito Santo, para as indústrias, o desenvolvimento sustentável já é prioridade?
Para alguns setores, sim, para outros, não. A grande preocupação hoje na busca pela sustentabilidade é exatamente isso. As empresas que tem maior sustentabilidade elas estão em uma relação geral, uma relação de petróleo, que é um sustentabilidade meio factóide. Afinal, o petróleo vai acabar uma hora, o minério vai acabar uma hora. Gerar sustentabilidade no Brasil é uma sustentabilidade que tem período definido. O setor agrícola, por exemplo, a sustentabilidade nele tem prazo. A busca da sustentabilidade é inversamente proporcional ao prazo definido da sua criação. Então, aquele que não se tem prazo, é o que a gente busca. Se eu tiver o processo de sustentabilidade no meu trabalho eu tenho retorno garantido, eu tenho procedimentos garantidos, e ao mesmo tempo, vou chegar no final do período com aquilo funcionando. Mais que período é esse? Período indeterminado. Enquanto nos demais setores, de mineração e extração você vai chegar em um determinado final de período e vai zerado. Então a sustentabilidade deles é por período.

As indústrias capixabas têm investido nessa área?
Vários setores tem buscado práticas sustentáveis e mecanismos sustentáveis. Quando eu saio das funções minerais, tirando a agricultura, que pela natureza dela já é auto-sustentável, todos os outros setores, a questão da sustentabilidade vem veiculado à inovação tecnológica. Por exemplo, hoje, eu sou auto-sustentável como empresa, daqui há um ano pode surgir um equipamento novo e eu passo a ser insustentável em um período curto de tempo. Portanto, a sustentabilidade vem veiculada aos padrões de tecnologia.

Quais as vantagens e benefícios, para as indústrias, em realizar práticas sustentáveis?
A maior vantagem no processo de sustentabilidade é uma automação global geral. São funcionários, empresa, fornecedor, clientes. Você tem um ciclo de estabilidade muito grande. Nessa parte o único que ainda não entrou foi o estado, ou seja, municípios, estados e união. Hoje, ele é o maior gerador de instabilidade setorial. Toda vez que ele traz uma nova condição de tributação, ou uma nova metodologia de avaliação tributária ele bagunça a sustentabilidade do setor inteiro. A grande verdade é que a instabilidade dos governos estaduais estão geram uma insustentação setorial, que é um setor que passa a não se sustentar devido uma mudança.

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