Durante a XXVII Assembléia Geral Ordinária da CIT , representantes de 18 países latino-americanos, debateram desenvolvimento e solução de problemas atrelados aos meios de transportes.
A XXVII Assembleia Geral Ordinária da Câmara Interamericana de Transportes, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, reuniu representantes de 18 países latino-americanos. Nos dias 24 e 25 de maio, além de debater o futuro do setor de transportes, eles celebraram os 15 anos de fundação da Câmara.
Problemas burocráticos que envolvem a navegação de cabotagem foram destaque na participação do presidente da Federação Nacional de Agentes Marítimos (Fenamar) e diretor da Câmara Interamericana de Transportes (CIT), Waldemar Rocha Júnior, na XXVII Assembléia Geral Ordinária da Câmara.
Desafios nacionais
A representante da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD – United Nations Conference on Trade and Development), Luisa Rodriguez, apresentou estudo sobre cabotagem e o projeto de expansão desse modal nas Américas.
Em seguida, Waldemar Rocha Junior, diretor da CIT pelo modal aquaviário, reconheceu a exatidão do estudo e teceu comentários sobre o cenário brasileiro. Rocha Júnior incluiu impasses que prejudicam um desenvolvimento maior deste fundamental modal de transporte.
“Ainda há graves obstáculos acerca de burocracia imposta a navios e cargas de cabotagem. Um dos exemplos apontados é que, em muitos portos, o tratamento recebido pelo segmento é o mesmo de produtos destinados a exportação, quando o ideal seria uma maior facilitação”, detalhou o presidente à ES Brasil, após a reunião.
Ainda durante a Assembleia, o presidente destacou ainda o fato do preço do bunker (sobretaxa de combustível) imposto aos navios de cabotagem no Brasil ser maior que o valor do bunker destinado aos navios estrangeiros que atuam no longo curso.
Waldemar reiterou que esses dois itens impactam negativamente no incremento e desenvolvimento da cabotagem entre portos brasileiros. O presidente encerrou seu pronunciamento argumentando que a cabotagem e os demais modais não são concorrentes entre si e sim complementares. “O Brasil é carente de uma logística eficiente, seja para atendimento do mercado interno ou externo. E cada modal possui papel imprescindível, além de terem a prerrogativa de atuarem juntos”, finalizou Rocha Júnior
Destaques
Nesta quarta-feira (24), houve ainda a entrega de medalhas de Ordem do Mérito Interamericano de Transportes. E foram condecorados o presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clesio Andrade, e o reitor associado da Universidade de Miami, Olivier Bouclier.
Também foi assinada uma resolução em apoio a Moção da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), reiterando o pedido para que seja atendida denúncia feita à Comissão dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A CNI acusa o governo brasileiro de não agir em relação à violência sofrida pelos transportistas no Rio de Janeiro (Brasil).
A próxima edição da Assembléia Geral será realizada na cidade de Arequipa, Peru, nos dias 22 e 23 de novembro de 2017.