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sexta-feira, 19 abril, 2024

Voluntariado e o Terceiro Setor

Estar no lugar do outro, por vontade própria, também desperta a solidariedade, esta mais presente em ações coletivas de socorro, de promoção humanitária, de cidadania

   Por Robson Melo 

Palavras-chave, aquelas que ao final de uma notícia ou artigo publicados na rede mundial de computadores, em notebooks, tablets ou aparelhos móveis de telefonia, que são associadas ao conteúdo para uma busca complementar, sabe?

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Se fizermos a busca por “voluntário”, encontraremos possivelmente as seguintes outras associadas: amor, empatia, solidariedade, felicidade, transformação… E pode ainda aparecer sugestão de artigos relacionados a essa temática.

Não é à toa, portanto, que tais correlações são feitas. Arrisco dizer que estas são de causa e efeito. Por exemplo, o amor leva a ajudar despretensiosamente. E vice-versa, se se ajuda voluntariamente é porque uma vazão de amor está “pocando”.

Ou, ao se colocar no lugar do outro, isto é, praticar a empatia, uma vontade é despertada para tentar fazer o mundo melhor para aquele outro.

Estar no lugar do outro, por vontade própria, também desperta a solidariedade, esta mais presente em ações coletivas de socorro, de promoção humanitária, de cidadania.

Cidadania também sugere outra correlação biunívoca com o voluntariado. Quer dizer, ser cidadão pressupõe estar sintonizado, com sua autonomia, na melhoria social, econômica, ambiental de todos num território, na cidade, no estado ou nação.

Estas reflexões acima são de uma boa provocação e constatação na Escola de Voluntários, iniciativa da ABRH ES – Associação Brasileira de Recursos Humanos, regional Espírito Santo -, em parceria com a Fundaes. O que vimos e o que foi manifestado pelos participantes é uma alegria de servir, uma vontade de fazer um mundo melhor, transformação da vida de um, de dois, ou de um determinado grupo, em especial aqui próximo no Estado do Espírito Santo.

Segundo Cortina A. (1994), no seu “La ética de La Sociedad Civil,  a ação voluntária não é um privilégio de quem tem um tempo livre, nem o lugar social, onde praticar a caridade ou filantropia. É uma forma de comprometer-se e participar ativamente na sua sociedade como cidadãos e não súditos”.

Tudo isso está transformado em política pública, conforme se vê no artigo 3º do Decreto que instituiu o Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado: “as ações do programa deverão observar os seguintes princípios I – cidadania; II – fraternidade; III – solidariedade; IV – dignidade da pessoa humana; V – complementaridade; e VI – transparência.

O Terceiro Setor, cuja força está no voluntariado, existe porque os voluntários existem. E estes não são poucos, graças a Deus.

Por fim, fica sempre a torcida para que mais gente se junte a esta corrente de cidadania, fraternidade e empatia com o genuíno interesse de tão somente fazer um mundo melhor.

Robson Melo é Presidente da Fundaes.

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