Especialista compartilha dicas importantes para que crianças e adolescentes tenham um retorno mais tranquilo à rotina escolar
Por Fabio Gabriel
Com o fim do mês de janeiro, as férias escolares chegam ao fim, marcando o retorno de crianças e adolescentes à rotina de estudos. Após um período repleto de viagens, passeios e brincadeiras, muitos enfrentam indisposição ou dificuldade para retomar os compromissos escolares, desafiando pais e responsáveis a encontrar formas de motivá-los.

Joice Silva, mãe de João Lucas, de oito anos, precisou adotar algumas estratégias para preparar o filho, que ingressará no 3º ano do ensino fundamental. “No início de fevereiro ele volta às aulas. Para acostumá-lo ao novo horário, estou acordando ele mais cedo”, contou. A auxiliar de serviços gerais também apostou na renovação do material escolar. “Comprei materiais novos que ele queria, e isso o deixou empolgado com a volta”, explicou.
Por outro lado, algumas crianças não precisam de tanto incentivo, como relata Fabiana Silva, mãe da adolescente Luíza Giovana, de 12 anos. “Desde pequena, sempre deixei claro que há tempo para tudo: férias, estudos e lazer. Ela entende isso bem e fica animada com as novidades do novo ciclo, como conhecer professores e amigos novos”, afirmou Fabiana.


Como lidar com a situação?
A psicóloga infantil Maria Lígia explica que é comum encontrar dificuldades de adaptação após um período prolongado de férias. “É importante validar as emoções da criança ou adolescente, mostrando que é compreensível sentir dificuldades nessa transição”, afirmou.

Quando a desmotivação ou ansiedade são mais evidentes, Maria Lígia recomenda uma abordagem acolhedora. “Diálogos sinceros ajudam a entender os sentimentos e preocupações sem julgamentos. Além disso, criar uma rotina com horários para estudos, lazer e descanso oferece previsibilidade e segurança”, destacou a psicóloga.
Interações sociais, de preferência sem celular, antes do início das aulas também podem reduzir a ansiedade e tornar o retorno mais agradável. Maria Lígia reforça ainda a importância do ambiente escolar. “O apoio de educadores, pais e da comunidade é essencial para criar condições que estimulem a motivação e o interesse pelo aprendizado”, concluiu.
Outra orientação valiosa da especialista é garantir que a criança ou adolescente tenha espaços de lazer e descanso equilibrados com as demandas escolares. “Além de estudar, eles precisam de momentos para relaxar e se divertir. Isso contribui diretamente para um aprendizado mais saudável e motivador”, finalizou Maria Lígia.