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terça-feira, 5 DE novembro DE 2024

Vitória precisa se tornar um holofote da cultura capixaba, defende Diogo Cypriano

Músico e proprietário do Birita, Flammes e Clericot Café discute transformações da capital capixaba que impactaram o setor de bares e a cena cultural

Por Mariah Friedrich

O musico e empresário Diogo Cypriano é o entrevistado do site ES Brasil para falar sobre o desenvolvimento do setor de bares e restaurantes e as transformações da cidade de Vitória, como a reurbanização da Rua da Lama, onde administra o Birita Casa de Coquetel, e da Orla da Curva da Jurema, onde estão localizados outros dois empreendimentos do qual é proprietário, o bar Flammes e o café Clericot.

Em sua experiência tanto na posição de empreendedor como artista e idealizador do projeto “Som de Fogueira”, que movimentou a Rua da Lama reunindo artistas capixabas para apresentações gratuitas em um palco aberto instalado à terças feiras, entre 2014 e 2020, Diogo Cypriano destaca que a capital capixaba precisa assumir o papel de ser um centro de referência para promover a cultura do Estado.

“O Estado tem que olhar Vitória como um holofote”, defende o músico e empresário. Os negócios de Diogo foram surgindo em diferentes fases e locais da cidade, cada um com uma proposta distinta.

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Após uma temporada morando em Paris, Diogo trouxe para Vitória as influências da vida cultural e gastronômica da capital francesa e criou o Birita na Rua da Lama em 2008, com a proposta de popularizar a cultura da coquetelaria no principal espaço de socialização do público universitário e um dos polos mais tradicionais de gastronomia e vida noturna da cidade.

“Acho a Rua da Lama o local mais pulsante de Vitória por ter jovens que estão afim de fazer algo diferente, de forma até ingênua”, comenta Cypriano. O popular forrozinho, bebida à base de catuaba, cachaça e limão se tornou um ícone da noite na rua da lama e eleito um clássico do Brasil pelo portal especializado Mixology News. 

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O empresário observa que a capital capixaba evoluiu em termos de serviço e qualidade no atendimento em bares e restaurantes, o que tem se refletido na qualificação da mão de obra local e no aumento da demanda por um serviço mais sofisticado. “Estamos nos aproximando mais dos grandes centros”, disse ele, reconhecendo o avanço, ainda que existam desafios.

Depois da pandemia, ele aponta que o consumo de bebida alcoólica diminuiu drasticamente, assim como a frequência das pessoas nos bares, enquanto o interesse pelos cafés especiais é uma tendência em ascensão. “O Espírito Santo está muito forte no café especial, eu acho que é o futuro”, considera Diogo Cypriano.

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