Embora haja portaria estadual que exige a comprovação da vacina, os vereadores aprovaram projeto que barra o passaporte da vacina
Por Josué de Oliveira
Em uma sessão tumultuada, os vereadores de Vitória aprovaram o projeto que barra a obrigatoriedade do comprovante da vacina contra Covid-19 para entrar em lugares públicos na Capital.
O Projeto aprovado é de autoria do vereador Gilvan da Federal (Patriota) e agora segue para sanção ou veto do Prefeito Lorenzo Pazolini.
Manifestantes contrários ao passaporte da vacina acompanharam a sessão da galeria do plenário.
“Quero contrapor esses partidos satânicos. Comigo não há diálogo, temos que combatê-los e derrotá-los. Quem tem que saber se vai vacinar seu filho é o pai e a mãe. Vamos lutar por nossa liberdade” disse Gilvan.
A vereadora Karla Coser (PT) defendeu a inconstitucionalidade do projeto e acredita que será vetado pelo Executivo.
“A maior parte dos vereadores que estão aqui vacinaram, vacinaram seus filhos e estão aqui dando voz a essa minoria barulhenta. Também quero chamar a atenção para o custo legislativo para um projeto claramente inconstitucional”, disse, listando número de óbitos e internados dentre os não vacinados.
O vereador Anderson Goggi (PTB) reforçou a posição de insconstitucionalidade da matéria.
“Estamos votando algo inconstitucional, não é de nossa competência, temos muitas outros assuntos importantes de Vitória para legislar. Mas essa matéria tem vício de iniciativa, nós não podemos votar”, ressaltou.
O presidente da Casa, vereador Davi Esmael, disse que o momento agora é de lutar pela liberdade.
“Nossa luta é para que a vacina seja incentivada, não estamos lutando contra isso. Mas aqueles pais que não se sentem seguros, trabalhem no convencimento de cada um de nós. Essa Câmara brada por liberdade. Não ao passaporte”, declarou.