Segundo o especialista, os afogamentos podem ser classificados clinicamente em diferentes graus, de acordo com a condição de insuficiência respiratória
Nas férias e no verão, o mar se torna ainda mais convidativo por conta do calor. Mas é nesse período que o número de afogamentos aumenta mais. O Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, foi o que mais atendeu esses tipos de caso.
De acordo com o coordenador da Urgência e Emergência do hospital, Alexandre Bittencourt, somente no mês de dezembro de 2018, o hospital recebeu quatro vítimas deste tipo de acidente. Uma delas não resistiu e morreu na unidade.
Bittencourt contou que a falta de conhecimento e imprudência podem ser os grandes vilões em afogamentos. Assim que for detectado que a vítima está desacordada, é necessário iniciar as manobras de recuperação cardiorrespiratórias ou cardiopulmonares imediatamente.
“Essas manobras são essenciais para a recuperação e sobrevida do paciente. É necessário retirar as roupas molhadas da vítima e tentar elevar a temperatura corporal, para isso, basta cobri-la com uma toalha. Também é necessário proteger a coluna cervical e iniciar a respiração boca a boca”, destacou o médico.
O coordenador destacou, ainda, a importância de acionar o salva-vidas presente no local ou o Corpo de Bombeiros sempre que possível. Além disso, o médico disse que o cuidado com as crianças devem ser bem maior, pois são mais propensas a se aventurarem no mar.
Guarda-vidas
É nesse período que as praias da Grande Vitória passam a ter reforço na equipe de guarda-vidas. As praias da Serra está atuando com 98 profissionais desde o dia 15 de dezembro. Eles foram distribuídos ao longo dos 23 quilômetros de litoral, entre as praias de Carapebus, Bicanga, Manguinhos, Jacaraípe e Nova Almeida.
Vitória conta, atualmente, com 74 guarda-vidas para garantir a segurança dos banhistas durante a estação mais quente do ano. Os profissionais trabalham das 8 às 18 horas e possuem treinamento e equipamentos apropriados para possível resgate dos banhistas.
Já Vila Velha, passou a contar com 130 guarda-vidas, 20 a mais em relação ao efetivo atual, além da criação de nove novos postos de observação.
Como evitar os afogamentos?
- Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Nessas situações, garanta que um adulto estará as supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo;
- O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento;
- Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar;
- Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m de altura e portões com cadeados ou trava de segurança. Atenção! Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes;
- Tenha certeza que as crianças estão nadando em áreas seguras de rios, lagos, praias e represas;
- Ensine as crianças a respeitarem as placas de proibição nas praias, os guarda-vidas e a verificarem as condições das águas abertas.
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