Campanha reforça conscientização sobre diagnóstico precoce e tratamento da hanseníase. Município oferece atendimento para casos suspeitos em unidades de referência
Por Fabio Gabriel
O Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, celebrado nesta sexta-feira (31), busca conscientizar a população sobre uma doença ainda cercada de estigmas e desinformação. Em Vila Velha, a Secretaria Municipal de Saúde realiza atendimentos por meio do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, que acolhe munícipes com suspeita ou diagnóstico confirmado.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil ocupa a segunda posição mundial em novos casos diagnosticados anualmente, evidenciando a necessidade de intensificar campanhas de informação e prevenção.
Em Vila Velha, moradores com suspeita da doença devem procurar a unidade de saúde mais próxima para uma avaliação inicial. Médicos e enfermeiros realizam testes de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, além de exame físico. Se a suspeita for mantida, o paciente é encaminhado a unidades especializadas.
Aqueles atendidos na rede privada também podem ser acompanhados pelo sistema público. Para isso, é preciso apresentar a avaliação médica e agendar atendimento nas unidades de referência pelos números (27) 99808-3351 (Prainha) ou (27) 99223-7683 (Paul).


Mitos e verdades

A campanha “Janeiro Roxo” reforça a importância da inclusão e do acesso ao tratamento, além de combater preconceitos em torno da hanseníase. Embora tenha cura, a doença ainda provoca isolamento social devido ao receio de contágio. Por isso é preciso conhecer os mitos e verdade sobre a doença para ficar bem informado.
A transmissão ocorre apenas por contato próximo e prolongado com portadores não tratados, sendo interrompida após o primeiro mês de tratamento. Os principais sintomas incluem manchas claras ou avermelhadas com perda de sensibilidade, formigamentos, fraqueza muscular e dormência em extremidades.
Segundo o Painel e-SUS Vigilância em Saúde, em 2024 foram registrados 70 casos de hanseníase em Vila Velha, dos quais 46 pacientes já receberam alta. A Secretaria de Saúde alerta para a importância do exame de contato, fundamental para quebrar a cadeia de transmissão. O tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).