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quinta-feira, 18 abril, 2024

Varejo está 0,1% abaixo de nível recorde de outubro de 2014, diz IBGE

Turbinadas pelo auxílio emergencial pago pelo governo, as vendas do varejo brasileiro praticamente voltaram ao patamar recorde alcançado em 2014.

Por Daniela Amorim (AE)

O volume vendido em julho estava apenas 0,1% abaixo do nível recorde alcançado em outubro daquele ano. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio e foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Esse ano está muito atípico”, resumiu Cristiano Santos, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. “Em junho, já houve para o indicador geral recuperação total do patamar pré-pandemia, de fevereiro, e agora toda essa variação de 5,2% de julho ante junho já foi adicionada, já é excedente ao período pré-pandemia”.

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Com o avanço das vendas em julho, o varejo opera 5,3% acima do patamar de fevereiro, no pré-pandemia. As atividades de material de construção, móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos e supermercados estão todas acima do pré-pandemia.

Santos lembra que as altas no varejo em maio e junho se justificavam pela base de comparação baixa, mas que o avanço em julho para os patamares mais elevados já alcançados na pesquisa são surpreendentes.

“Não sei se é sustentável. Não tenho como afirmar algo nesse sentido, estamos num momento diferente de todos os anos. É um numero bastante surpreendente, é um contexto de aquecimento, de crescimento, e que não é homogêneo”, ponderou o pesquisador do IBGE.

A recuperação do varejo como um todo é puxada pelo setor de supermercados, mas o avanço das demais atividades que já superaram o pré-pandemia não é desprezível, ressalta Santos.

A atividade de supermercados chegou a julho 8,9% acima do patamar pré-pandemia, enquanto material de construção está 13,9% além do nível de fevereiro. Móveis e eletrodomésticos estão 16,9% acima do pré-pandemia, e artigos farmacêuticos estão 7,3% superiores.

Por outro lado, o setor de vestuário está 32,7% abaixo do patamar pré-pandemia; veículos estão 19,7% aquém; livros e papelaria, 26,2% inferiores; combustíveis, 9,6% abaixo; equipamentos e materiais de informática e escritório, 6,0% aquém; outros artigos de uso pessoal e doméstico, 0,2% abaixo.

“Se a gente tivesse num ano normal, o que se esperaria? Que se tivesse homogeneidade entre as atividades. Se o varejo está atingindo o pico histórico, era de se imaginar que a atividade como um todo estivesse crescendo. Nesse caso não, a gente tem uma amplitude grande entre essas variações”, observou Santos.

O varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, está 2,0% abaixo do patamar pré-pandemia As vendas ainda operam 11,2% aquém do pico alcançado em agosto de 2012

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