Por Darlan Campos
As eleições de 2024 acontecerão no dia 6 de outubro. O primeiro domingo do mês, como é de praxe, marca a data do primeiro turno. Já o último domingo, o segundo turno. Em 2024, milhões de brasileiros elegerão prefeitos e vereadores para os mais de 5.500 municípios do país.
Para um cidadão comum, pode parecer que falta muito tempo. Em outra perspectiva, os candidatos que ainda não se envolveram na pré-campanha estão atrasados. Isso porque o cenário eleitoral é ultracompetitivo, onde os políticos que largam na frente têm mais chances de vencer.
Em primeiro lugar, o planejamento da campanha deve ser feito com antecedência. Entretanto, essa não é a principal demanda da pré-campanha. É neste período que os políticos devem montar o “diagnóstico” da candidatura e se preocupar com a construção de imagem.
O diagnóstico para as eleições de 2024
Rumo às eleições de 2024, o diagnóstico reúne os dados necessários para que o candidato desenvolva estratégias com vista ao seu sucesso. Essa etapa busca investigar a conjuntura política do local onde a disputa ocorrerá; os valores, problemas e desejos do eleitorado; o próprio candidato e demais elementos que tornam sua candidatura única.
Nenhuma disputa é igual a outra. É necessário ter um diagnóstico baseado na coleta, análise e avaliação de informações obtidas cientificamente sobre uma série de variáveis relevantes. Isto é, pesquisas profissionais baseiam campanhas profissionais.
A construção de imagem para as eleições de 2024
A imagem política é a percepção do público sobre o político. Ela não condiz, necessariamente, com a realidade do candidato – e esse é um desafio a ser enfrentado na pré-campanha. Mesmo nos casos em que o político promove uma imagem falsa propositalmente, essa não é uma estratégia inteligente. A imagem deve se aproximar ao máximo da essência do candidato, com seus valores e trajetória.
Se você não se envolver na construção da sua imagem, seu oponente fará isso por você. Não há vácuo no poder, nem na construção da imagem.
Passos para a construção de imagem política
Quatro etapas definem a construção de imagem: aparência, cores, comunicação e comportamento. A aparência envolve as roupas do político, o corte de cabelo e até a higiene, que podem transmitir credibilidade, empatia ou desleixo, por exemplo.
Já as cores estão ligadas à associação que os eleitores fazem ao político. Elas podem indicar uma ideologia (vermelho, petismo; ou verde e amarelo, bolsonarismo) ou provocar sentimentos específicos no público. Nesse contexto, a psicologia das cores teoriza, por exemplo, que o azul evoca tranquilidade, enquanto o roxo está associado ao poder.
Comunicação é como o político exprime suas ideias, seja verbal ou não verbal, nas redes sociais ou offline. Não basta transmitir a mensagem, é preciso certificar-se que o conteúdo vai chegar de forma limpa, coesa, entendível.
Por último, o comportamento do candidato é peça chave na construção da imagem. Como um político age com um possível eleitor dentro e fora do período eleitoral é o que definirá a credibilidade do seu comportamento.
Darlan Campos é consultor de marketing político, escritor e professor. É diretor-executivo da República Marketing Político e membro fundador do Camp (Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político).