De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de calvície afetam homens e mulheres com idades entre 20 e 25 anos.
Por Munik Vieira
As pesquisas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mostram que 30% dos homens na faixa etária dos 30 anos manifestam queda intensa de cabelo. À medida que vão envelhecendo, o número aumenta, e cerca de 50% dos homens de 50 anos são afetados pela alopecia. Nas mulheres, a diminuição dos fios capilares e o recuo da testa atingem um número inferior, mas provocam o mesmo dano causado nos homens: a baixa da autoestima.
No Brasil, para a realização do transplante capilar por muito tempo era utilizada a técnica FUT (Transplante de Unidade Folicular, em português). Porém, de acordo com a médica, pós-graduada em cirurgia dermatológica, Letícia Rizzo, essa técnica já está ultrapassada e apresenta problemas estéticos, porque além da cicatriz, os fios do cabelo não adquiriam aspecto natural ao final do processo.
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Com o passar do tempo, a Turquia e a Argentina surgiram como referências do transplante capilar com a técnica FUE (Extração de Unidade Folicular, em português), que é mais moderna e tem resultados melhores. Também devido aos baixos custos do procedimento ofertado nestes países.
Porém, a médica explica que esse turismo médico não é recomendado afinal o transplante capilar é um procedimento cirúrgico, e a relação médico-paciente é fundamental antes, durante e após a operação. “Só o deslocamento do paciente para efetuar o transplante capilar já é perigoso, uma vez que é necessária a aplicação da anamnese e do acompanhamento pré e pós-operatório ao longo de meses.”, afirma Letícia.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é que estes países não falam nossa língua o que pode gerar problemas na comunicação e deixar dúvidas no paciente. E ainda tem que se levar em conta os valores gastos com as passagens aéreas, hospedagem e alimentação. Com isso os custos, que são cobrados em dólar se tornam maiores do que no Brasil.
“Embora o transplante capilar seja um procedimento cirúrgico de baixa complexidade as complicações podem acontecer, e é indispensável estar próximo ao especialista para se ter a devida assistência.”, reforça Letícia Rizzo.
A médica lembra ainda que este procedimento pode levar de oito a 14 horas para ser realizado e exige cuidados pré e pós cirúrgicos ao longo de meses e até anos.