Não serão cobradas taxas pelas transferências, mas há limite para o envio e o recebimento de dinheiro pelo aplicativo
A partir de hoje (5) o WhatsApp começa a liberar aos usuários a opção de transferir dinheiro para outras pessoas. O envio dos valores será muito similar ao envio de mensagens, fotos e vídeos, por exemplo, e só está disponível para pessoas físicas e clientes com cartões de débito, pré-pago ou combo das bandeiras Visa e Mastercard dos seguintes bancos: Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, Itaú Unibanco, Mercado Pago, Next, Nubank, Sicredi e Woop Sicredi.
A opção de transferência ainda não está disponível para todos os usuários, o que deve acontecer aos poucos, ao longo dos próximos dias.
Não serão cobradas taxas pelas transferências, mas há limite para o envio e o recebimento de dinheiro pelo aplicativo:
- as pessoas podem enviar até R$ 1.000 por transação – é possível mandar mais de R$ 1.000 por dia, mas em transferências separadas;
- cada usuário pode receber até 20 transferências por dia;
- há um limite de R$ 5.000 por mês para cada tipo de operação, ou seja, R$ 5.000 para recebimentos e outros R$ 5.000 para envio.
O pagamento para empresas aguarda a aprovação do Banco Central.
Para acessar a opção de transferência de dinheiro, o usuário de Android deve clicar no ícone “clipe de papel”, e de Iphone, no ícone “+” (mesmos ícones usados para envio de fotos, por exemplo). Para efetivar a transferência, será preciso cadastrar uma senha do Facebook Pay.
Para a economista e professora da Fucape, Arilda Teixeira, transação eletrônica é uma tendência que não tem volta. “O benefício desse tipo de transação é a facilidade para o usuário. Já o risco é a exposição de dados e informações dos clientes”.
Arilda chamou a atenção para a possibilidade de, no médio prazo, as transações que hoje são oferecidas como livres de cobrança serem taxadas. “O serviço é livre de cobrança agora porque ele precisa ser conhecido, as pessoas precisam acreditar nele. Eu acredito que no médio prazo poderá haver cobrança. Mas com a regulamentação do Banco Central é possível que o custo da transação seja menor para o usuário”, disse a economista.