Bairro de Vila Velha mantém clima bucólico e é escolhido por moradores e visitantes por sua natureza exuberante, cultura pulsante e gastronomia tradicional.
Por Gilberto Medeiros, Fotos: Renato Cabrini, Vídeo: Marlon Rosa
Natureza exuberante, esportes radicais, cultura pulsante, gastronomia deliciosa e lazer diversificado compõem a Barra do Jucu, para onde todos os caminhos nos levam. Nascido de uma vila formada pela abundância de pescado que havia no encontro do Rio Jucu com o Oceano Atlântico, o bairro cresceu, atraiu novos moradores e investidores, mas continua a proporcionar aquela gostosa sensação de que ali o tempo vai mais devagar e que estamos muito bem vestidos de chinelos, bermuda e camiseta.
Veja o nosso passeio pela Barra em fotos
O lugarejo ideal para escapadelas de dois ou três dias pela proximidade com a capital, estando a pouco mais de 20 quilômetros do Aeroporto de Vitória. A natureza de incomparável beleza foi o chamariz inicial para os primeiros habitantes da Barra do Jucu e é, até hoje, um dos grandes motivos que levam para lá novos moradores e visitantes.
E são muitos atrativos, anote: Reserva de Jacarenema, foz do Rio Jucu, Praia da Barrinha, Praia da Concha, Praia do Barrão e Pico do Cemitério. A belíssima Praia dos Recifes, de tão habitada nos últimos 20 anos, hoje tornou-se um novo bairro.
Diante de tanta oferta natural, a Barra do Jucu tornou-se também um polo esportivo, tendo sua maior expoente, Neymara Carvalho, pentacampeã mundial de bodyboarding. A galera do surfe também está botando pra quebrar e o jovem Krystian Kymerson já disputou etapas do Circuito Mundial de Surfe.
Mas se a natureza tem todo esse poder de atração, a cultura produzida na Barra do Jucu não fica para trás e pulsa com intensidade. Artistas e intelectuais elegeram a Barra do Jucu o seu recanto para morar e produzir. Lá funcionam ateliês de artes plásticas, estúdios de tatuagem, quintais onde ensaiam as bandas de congo de São Benedito e até uma casa construída como se fosse um castelo medieval! Ainda tem produção de longa-metragem, grupo de teatro, festival virtual, escritores, poetas e um carnaval de rua como poucos no Estado.
É tanta coisa para se fazer, experimentar e curtir na Barra do Jucu que até abre o apetite. E há opções de boa gastronomia ali mesmo, pertinho de todas essas atrações. Novos restaurantes estão frutos do mar e com pratos de influência italiana. E vários botequinhos para refrescar a cabeça batendo papo com os amigos ao longo do dia e da noite.
Por fim, se você adora todos esses atrativos que conferem o bucolismo ao local, mas não consegue viver sem a segurança deter a modernidade ao alcance das mãos, em cinco minutos de carro pela Rodovia do Sol está o Shopping Boulevard Vila Velha, com cinemas, praça de alimentação, lojinhas, âncoras e estacionamento gratuito.
E aí? Vamos conhecer os caminhos que nos levam à Barra do Jucu? É só continuar acompanhando essa reportagem com dicas de moradores ilustres e preparar a sua esticadinha até lá quando a pandemia estiver controlada!
Os caminhos do esporte
A mesma natureza exuberante que encanta quem passeia pela Barra do Jucu é o que faz dessa outrora vila de pesca um celeiro de atletas campeões de esportes radicais – alguns com destaque internacional, como a pentacampeã mundial de bodyboarding Neymara Carvalho e o novo queridinho dos capixabas que está arrasando no Circuito Mundial de Surfe, Krystian Kymerson.
Hoje, novos talentos estão em treinamento nas ondas do Barrão e batalham dia após dia para chegar ao topo junto com seus ídolos barrenses. É o caso do jovem surfista Kauai Cogo, de apenas 9 anos, que ficou famoso e ganhou reportagens na TV, no rádio e em jornais diversos ao começar a vender doces para juntar o dinheiro necessário para viajar até Portugal para treinar com seu tio, Krystian Kymerson.
É assim também com Maria Alice Fernandes, de 17 anos. Ela surfa desde pequena, mas há três anos entrou para a escolinha de bodyboarding do Instituto Neymara Carvalho (INC), que reúne cerca de 60 alunos de várias idades e funciona ali mesmo, entre o Barrão e o Pico do Cemitério – bem de frente para a casa onde Maria Alice mora, que já acorda na vibração do mar.
A maioria dos alunos do INC é de moradores da região e, além da prática esportiva como lazer e como caminho para a categoria profissional, eles aprendem sobre os cuidados para preservação da natureza e sobre a postura de um atleta diante da sociedade, oque ele representa para as pessoas, sobretudo para os mais jovens.
“O surfe está presente em quase todos os momentos de minha vida. Eu moro na praia, né? Só mesmo quando eu vou pra escola…” (risos), conta Maria Alice. Dizendo-se boa estudante, ela revela que já escolheu uma profissão alternativa: “eu quero estudar Medicina ou Educação Física, já por causa do bodyboarding mesmo”, planeja a jovem.
Apesar da preponderância dos esportes aquáticos, a Barra do Jucu é ideal também para os amantes das modalidades terrestres e até aéreas. E o Morro da Concha é o ponto central para essas práticas: dali é possível saltar de parapentes, fazer trekking e pedalar sua mountain bike. Mas, atenção! Esses esportes requerem do praticante certo nível de conhecimento ou, melhor ainda, acompanhamento de profissional ou instrutor.
Se a sua pegada é mais urbana, uma opção interessante é pegar a ciclovia que margeia a Rodovia do Sol e pedalar até o Shopping Boulevard. O trajeto tem pouco mais de cinco quilômetros, medida ideal para aquecer o corpo sem esgotamento. Alguns voltam na mesma hora. Outros aproveitam para esticar e fazer umas comprinhas.
Há quem escolhe fazer o percurso caminhando, correndo ou usando um estável skatão, daqueles com eixos mais largos e rodas grandes, pois a ciclovia é toda pavimentada. Nesses casos, ali no shopping é possível alugar uma bicicleta do sistema Bike VV, guardar os pertences na cestinha e pedalar pela ciclovia à beira-mar, que liga a Praia de Itaparica até a Praia da Sereia, passando por belíssimos pontos da Praia de Itapoã e da Praia da Costa.
Os caminhos da cultura
A junção da proximidade da Barra do Jucu com Vila Velha e Vitória, com a já propalada beleza natural, mais a tranquilidade de um bairro que por muito tempo conservou características de quando era somente uma vila de pesca, atraiu artistas e intelectuais que elegeram a Barra do Jucu o seu recanto para morar e produzir. A esses fatores, somam-se a força das bandas de congo de São Benedito e um criativo carnaval de rua e podemos entender um pouco do que é viver ali naquela comunidade às margens da Rodovia do Sol.
Em um passeio de apenas um dia é possível visitar ateliês de artes plásticas, escritórios onde nascem livros e poesias, quintais onde ensaiam as bandas de congo de São Benedito e até uma casa construída como se fosse um castelo medieval! Ainda tem produção de longa-metragem, grupo de teatro, festival cultural virtual e há sempre algo novo surgindo.
Cultura popular
São três bandas de congo que fazem da Barra do Jucu seu local de devoção a São Benedito. A Banda de Congo de Mestre Alcides, a Banda de Congo de Mestre Honório e a Banda de Congo Tambor Jacarenema. Para testemunhar a manifestação em seu momento ritual é preciso ficar de olho no calendário. Como são formadas por devotos de São Benedito, elas cumprem o ciclo natalino e dois pontos altos dessa manifestação folclórica se dão entre o Natal e meados de janeiro. É o tempo de acompanhar os cortejos que seguem os tambores até a Fincada do Mastro de São Benedito, em dezembro, ou até a Retirada do Mastro de São Benedito, em janeiro. Nesses dias, as ruas do bairro viram uma festa e o forte calor de verão é um convite ao banho de mar.
Para ajudar a manter a tradição e a suprir as necessidades de reposição constante dos instrumentos de percussão das bandas de congo, a Barra do Jucu conta com dois artesãos que produzem tambores, caixas, cuícas, atabaques (Mestre Daniel) e casacas (Mestre Vitalino). A produção de Daniel e de Vitalino já deu sonoridade a bandas de pop-rock como Pé do Lixo, Casaca, Manimal e chegou às mãos de famosos como a artista plástica Yoko Ono e o roqueiro Paul McCartney.
“Quando o Paul McCartney tocou na inauguração do Estádio Kléber Andrade (em Cariacica, cidade vizinha à Vila Velha), a produção me pediu uma casaca para presenteá-lo”, contou Vitalino José do Rêgo, o Mestre Vitalino. Em outra ocasião, foi a vez de um amigo, que estava no Rio de Janeiro, presentear Yoko Ono com uma casaca produzida por ele. “O Fabinho, que era músico da banda Manimal, estava no mesmo evento que ela e aproveitou para presenteá-la”, contou.
Artistas e intelectuais
Em meio a tantas opções, não deixe de conhecer o artista plástico Kleber Galvêas e seu ateliê localizado bem próximo à entrada da Barra do Jucu pelo acesso do supermercado Perim. Discípulo de Homero Massena, a quem acompanhou até sua morte, em 1974, quando casou-se e deixou a Prainha para morar na Barra, onde instalou seu ateliê e de lá mantém profícua atividade que ele atualiza em seu site: www.galveas.com
Tecer, bordar, render e costurar são também meios utilizados por muitos barrenses (nascidos ou lá radicados) para expressar acultura pulsante do bairro. É assim com o grupo de mulheres que fazem rendas de bilro e com aquelas que participam das oficinas de confecção de estandartes da artesã Zeiza Jorge, que também é figurinista do Teatro da Barra. “Comecei a produzir há mais de15 anos, a partir da obra de Kleber Galvêas”, contou ao recordar do estandarte que fez para a banda de congo. A arte de Zeiza já foi levada para diversos países, entre eles os Estados Unidos.
A Barra também foi escolhida para ser morada das artistas plásticas Heidi Liebermann, alemã que se divide entre Europa e Brasil, e Áurea Pignaton, que passou a viver na Fazenda Camping Barra do Jucu, empreendimento de lazer da família com características de área rural, incluindo a paz e o silêncio necessários à criação. De lá, ajudou a incrementar o carnaval barrense produzindo máscaras para os foliões que juntaram-se para mais adiante criar o Bloco Surpresa.
O genial Chuma Soneghet, de breve carreira interrompida por uma morte sem sentido aos 29 anos em um acidente ferroviário, marcou seu espaço no panteão de artistas barrenses com sua urgência punk, traço original e visceralidade confessional.
Para embelezar as ruas ao mesmo tempo em que informa e orienta os visitantes, o designer Cezar Guedes dedica parte do tempo a produzir placas de identificação de ruas bem características: junto ao nome da rua, ele pinta uma cena que retrata acultura local, as personagens e ofícios próprios, como a pesca e a puxada de rede.
E se falamos de embelezar as ruas, é preciso citar o muralista Toninho Natural, que tem dezenas de relevos nos muros das residências e comércios do bairro e até de escolas. A produção de arte que torna os muros verdadeiros painéis motivou novos artistas. É o caso de Luiza Rocha e Vinícius Oliveira, casal que está produzindo em muros diferentes.
Ela, dançarina, maquiadora e pintora, está produzindo uma “tela” com São Benedito com o Menino Jesus no colo e passeando na Praia da Concha. “Está em progresso, é uma pintura em um muro que irá fazer parte da Cultura da Viral virtual”, contou. Ele, artista plástico, reproduz uma cena clássica do local. “No momento estou pintando um muro com o tema “O barqueiro subindo o Rio Jucu”, uma profissão que existiu por aqui, quando o rio era a principal via de acesso dos moradores da Barra e de outras localidades para chegar a Vitória”, explicou.
Também bastante ativa, a escritora Marilena Soneghet, nascida canela-verde, rodou o mundo e fixou residência na Barra. É autora de livros de poesias, crônicas e hai-kais, publicou crônicas semanais em A Gazeta, fez parceria com Sivuca, ocupa a cadeira número13 da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras. Ainda no campo das letras, zeram morada nos arredores do Jucu o jornalista e escritor Pedro Maia, já falecido, e o também jornalista Rubens Gomes, que já dirigiu A Tribuna e foi editor em A Gazeta. Ambos com mais de cinco décadas dedicadas ao jornalismo.
Os caminhos da natureza
Se a natureza é o que faz você pegar a estrada em busca de liberdade e saúde, a Barra do Jucu é o seu caminho. Ali você pode conhecer o Parque Natural Municipal de Jacarenema, que cobre uma área verde de aproximadamente 3,5 quilômetros quadrados e protege o trecho final do Rio Jucu, que nasce na região de Pedra Azul, nas montanhas capixabas, e deságua na Praia da Barrinha, local apreciado para o surfe em dias de vento Sul.
Jacarenema é também uma reserva ecológica estadual e contém o que restou do manguezal local, habitat de grandes e pequenas aves, variados crustáceos como o goiamum, o aratu e o caranguejo-uçá, e local de desova de peixes do estuário. Em determinadas épocas do ano é possível ver tartarugas nadando entre os surfistas que se revezam nas ondas formadas pelo encontro do rio com o mar.
É pela Barrinha também o acesso mais fácil à Jacarenema. De carro, é possível chegar até lá acessando a praia pela Estrada Velhada Barra do Jucu, já no limite da reserva pelo lado da Praia de Itaparica, bem próximo ao Shopping Boulevard. A Barrinha é separada da Praia do Barrão pelo exuberante Morro da Concha, que abriga uma charmosa prainha de enseada e onde é espetacular acompanhar o sol nascer e também a calmaria do m de tarde. É dali que saltam os aventureiros que se arriscam em belíssimos voos de parapente.
“Amo o Morro da Concha! Um pôr-do-sol ou um nascer da Lua lá têm seu valor”, disse Neymara. “Meu número 1 é a praia, seja o canto do Barrão, para as ondas que me tornaram campeã; seja a Praia dos Recifes pela beleza internacional. A natureza é o maior atrativo para as pessoas que trago até aqui. Todos os amigos que já nos visitaram, os de pertinho e os internacionais, são unânimes em se encantar pelo bucolismo e a natureza”, registrou com alegria.
A Praia do Barrão é um caso à parte por causa das altas ondas que quebram ali no canto perto do Morro da Concha. Vez por outra é local de campeonatos de surfe e bodyboarding de diversas categorias e até etapas de circuitos brasileiros.
Para momentos de contemplação, uma boa pedida é caminhar até o Centro da Barra e chegar até a margem do Rio Jucu, onde antes cava a Ponte da Madalena, que teve parte de sua estrutura arrastada pelas chuvas e ainda não foi restaurada. Ali há muitos barcos de pesca, pássaros, peixeiros e o restaurante Taberna da Madalena. Em dias de luz boa, é possível fazer fotografias e selfies para bombar nas redes sociais digitais.
Há outros belos acessos ao Rio Jucu, sempre ladeados por restaurantes, como é o caso do trecho da margem onde funcionam o Espera Maré, o Santo Congo e o La Garza. Mais adiante, em outra entrada para o rio, está o Toca da Barra – onde antes funcionava o histórico Brega’s Bar. Mais adiante, sob a ponte e ao lado do antigo Bar Nosso Cantinho, mais uma entrada.
Os caminhos da gastronomia
Novos restaurantes estão atraindo mais uma vez os amantes da gastronomia para a Barra do Jucu. Eles somam-se às cozinhas tradicionais no bairro, com décadas de atendimento com delícias produzidas com peixes, frutos do mar e com massas de fazer brilhar os olhos.
Quem já conhece a Barra do Jucu costuma frequentar os tradicionais Barramar e Espera Maré quando o apetite está para peixes e frutos do mar. O primeiro fica logo no começo do bairro, ali de frente para a histórica Igreja de Nossa Senhora da Glória, de templo de singela arquitetura que é ponto de chegada da procissão de São Benedito realizada pelas bandas de congo no ciclo natalino. O segundo, como diz o nome, fica à beira do Rio Jucu, de frente para a sua desembocadura e oferece também serviços de hospedagem.
Voltando para o Centro, a novidade por ali fica na mesma calçada do Barramar e a casa abre as portas para os apreciadores de massas artesanais e vinhos: é a Osteria Della Rosa, inaugurada em novembro de 2020. “O café e cerveja artesanal são produtos do Espírito Santo”, contou a proprietária Joice Yuri, que escolheu a Barra do Jucu para viver e agora está empreendendo com o marido, Aerton Rosa, que é o chef. “Eu escolhi a Barra, mas a família de meu esposo é daqui há mais de 60 anos”, orgulhou-se.
A Barra do Jucu tem variadas opções quando o prato é à base de massas. É esse cardápio o que leva famílias inteiras para as tradicionais cantinas Vicenza (também no Centro) e Nona Menininha(quase chegando à praia) e ao recém-inaugurado Santo Congo, vizinho do Espera Maré. Outro vizinho recente foi inaugurado em outubro: é o La Garza Espaço e Bistrô, onde a água do rio bate no muro e o cardápio é bem brasileiro, com peroá, rabada e feijoada.
Os caminhos do lazer
Para quem quer fazer excursões ou levar a família para passar o dia fora, mas gosta de fazer todas as atividades num mesmo lugar e ter a sensação de mais segurança, os arredores da Barra do Jucu oferecem opções para quem curte piscinas, fazer churrasco, jogar futebol e até tirar uma soneca sob a sombra de uma árvore. São os centros de agroturismo que ficam ali pertinho.
O pioneiro no lazer da Barra do Jucu é a Fazenda Camping, que fica às margens da Rodovia do Sol, a cerca de 5 quilômetros da Barra. Além de tudo que citamos acima, ainda oferece restaurante caipira, passeio de charrete, toboágua e, vez por outra, é palco de grandes shows musicais, festas rave e até de festivais, como o lendário Quarup, na década de 1980, e o Festival Universitário Independente, já nos anos 1990.
Entrando pelo bairro vizinho Riviera da Barra e percorrendo menos de 7 quilômetros chega-se à Fazenda Rico Caipira, onde há mais de 30 atividades recreativas como pedalinho, casa na árvore e até um trem Maria Fumaça de verdade! As duas opções são perfeitas para passar um dia inteiro, seja o sábado com a turma ou o domingo com a família. A criançada vai adorar.
Bares para dia e noite
Toda pequena comunidade tem seu quinhão de bares ativos e na Barra do Jucu não poderia ser diferente. E há opções para todos os gostos e horários. Alguns deles funcionam também como restaurante. De frente para o convidativo mar que encanta a todos, temos o Farol, o Vista do Mar e a Casa de Mar.
No caminho para o Centro, a pedida é a Toca da Barra, que funciona onde antes havia o famoso Brega’s Bar. Seguindo, chega-se ao tradicional Bangalô do Cobra, muito frequentado por moradores da Barra. Mais adiante, a Petiscaria do Gaúcho movimenta a área. Já na boca do rio, a pedida é apreciar o ritmo da natureza na Taberna da Madalena. Há ainda as dezenas de botequins “copo sujo” entranhados pelo bairro e que renderiam uma reportagem à parte. Os bares da Barra do Jucu estão entre os locais preferidos do artista plástico Vinícius Oliveira (entrevistado nesta reportagem) e o historiador Eliomar Mazoco que, no momento, prepara a edição de novos livros sobre a cultura popular capixaba.
“Eu sou frequentador de todos os bares da Barra, onde encontro os mais variados personagens barrenses e os que visitam a Barra. E gosto do litoral, da praia, desse mar maravilhoso. Gosto muito das ruas da Barra, de andar de bicicleta num dia de sol ou numa noite de verão e fazer um roteiro conversando com as pessoas, nos bares, nas esquinas”, relatou Mazoco.
Vinícius concorda. “A barra tem uma geografia que proporciona mar, rio, morro, mangue e matas adjacentes, gosto desse contato com a natureza, longe da selva de concreto, multidão desconhecida, violência e trânsito de carros intenso. Gosto também de frequentar alguns bares daqui, nesses locais, além de beber cerveja, encontramos gente de todo tipo e podemos desenvolver assuntos dos mais variados”.
Shopping
Mas a Barra do Jucu é tão diversificada que se você é um visitante que adora a calmaria de dias à beira-mar ou numa fazenda, mas não vive sem a segurança de saber que há um shopping center por perto, até isso a Barra do Jucu tem! Bem, o Boulevard Vila Velha não fica exatamente na Barra, mas são apenas cinco minutos de carro – contados no relógio.
Como há uma ciclovia por todo o trajeto que liga o bairro ao centro comercial, 20 minutos de pedal são suficientes para um passeio no shopping no m de tarde depois da praia. Na portaria do Boulevard há uma estação de bicicletas de aluguel, o Bike VV, sistema que liga toda essa parte da orla e também leva aos demais grandes centros de compras da cidade, o Shopping Vila Velha, o Shopping Praia da Costa e o Polo de Moda da Glória – onde fica a fábrica de Chocolates Garoto/Nestlé.