Temer: A Polícia Federal vê indícios de envolvimento do presidente em organização criminosa. Inquérito sobre PMDB da Câmara teve início em 2015.
O presidente Michel Temer teria recebido R$ 31,5 milhões em “vantagens” por participar de suposta organização criminosa que desvia recursos de órgão públicos. A afirmação foi dada pela Polícia Federal (PF), nesta segunda-feira (11), data em que foi concluído o inquérito que apurou crimes supostamente cometidos pelo “quadrilhão” do PMDB na Câmara dos Deputados.
As investigações apontam que o grupo envolveria o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) além do ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha.
Temer e o esquema
A PF considerou no relatório que os peemedebistas investigados possuem poder sobre os demais membros do grupo e capacidade de repartir o dinheiro ilegal. Recursos obtidos por meio de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e evasão de divisas.
As conclusões da polícia, às quais o jornal Estado de São Paulo teve acesso, foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório, iniciado em 2015, era aguardado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para finalizar a segunda denúncia contra Temer.