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sexta-feira, 29 março, 2024

Temer cobra decisões de partidos… e os grampos continuam

Presidente interino pede que partidos aliados resolvam entre si as indicações de cargos nos Estados. 

Terceirização da montagem de parte de equipe de governo. Essa foi a estratégia adotada pelo presidente interino Michel Temer para blindar reclamações e fragilizar Assim, Temer evita que a Secretaria de Governo arque com o ônus de estar em situação de “saia justa” diante de prováveis pedidos de mais de um parlamentar para o mesmo cargo. A ideia é não prejudicar o equilíbrio do núcleo político.

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O pedido do presidente foi para que os partidos aliados acordem uma definição prévia e afirmou que não irá determinar as nomeações enquanto esse acordo partidário não ocorrer. Uma medida que também protege o interlocutor do governo no Congresso Nacional, normalmente com alta rotatividade no Palácio do Planalto.

Grampos bombásticos – Nos últimos quatro dias, a revelações de escutas telefônicas feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, certamente tem tirado o sono de muitos políticos em Brasília.

Temer cobra decisões de partidos... e os grampos continuam

Primeiro a conversa com Romero Jucá, que derrubou o recém empossado ministro do Planejamento, que apareceu defendendo um pacto para deter a Lava Jato. Agora, as conversas com José Sarney (PMDB/­AP), em que o ex-­presidente promete ajuda ao investigado na Lava Jato, confidencia caso de resistência a uma transição com Michel Temer, e afirma que a delação da Odebrecht é “metralhadora de ponto 100”.

Machado procurou os políticos do PMDB, Sarney, Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR), temendo a transferência de seu caso para a vara do juiz Sergio Moro, em Curitiba (PR).Em um dos diálogos, ocorridos em março, Sarney falou da preocupação sobre uma eventual delação de Machado. “Nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada”, disse, Na última terça-­feira (24), Sérgio Machado fechou acordo de delação premiada no Supremo Tribunal Federal.

Trecho da Conversa:

Machado ­ Presidente, então tem três saídas para a presidente Dilma, a mais inteligente…
Sarney ­ Não tem nenhuma saída para ela.
Machado ­…ela pedir licença.
Sarney ­ Nenhuma saída para ela. Eles não aceitam nem parlamentarismo com ela.
Machado ­ Tem que ser muito rápido.
Sarney ­ E vai, está marchando para ser muito rápido.
Machado ­ Que as delações são as que vem, vem às pencas, não é?
Sarney ­ Odebrecht vem com uma metralhadora de ponto 100.
Machado ­ Olha, acabei de sair da casa do nosso amigo. Expliquei tudo a ele [Renan Calheiros], em todos os detalhes, ele acha que é urgente, tem que marcar
uma conversa entre o senhor, o Romero e ele. E pode ser aqui… Só não pode ser na casa dele, porque entra muita gente. Onde o senhor acha melhor?
Sarney ­ Aqui.
Machado ­ É. O senhor diz a hora, que qualquer hora ele está disponível, quando puder avisar o Romero, eu venho também. Ele [Renan] ficou muito preocupado. O
sr. viu o que o [blog do] Camarotti botou ontem?
Sarney ­ Não.
Machado ­ Alguém que vazou, provavelmente grande aliado dele, diz que na reunião com o PSDB ele teria dito que está com medo de ser preso, podia ser preso
a qualquer momento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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