Os supermercados mostram a recuperação lenta, porém gradual da economia do país
As vendas dos supermercadistas brasileiros acumularam crescimento real de 3,22% de janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em setembro, as vendas apresentaram queda real de -4,94% em relação a agosto, e alta de 1,87% na comparação com o mesmo mês de 2018.
“O acumulado de setembro, de 3,22%, continua bem positivo para o setor, e acima das nossas expectativas de fechamento de vendas do ano, de 3%. Se olharmos o mesmo período de 2018 (janeiro a setembro), o setor supermercadista registrou alta de 1,92%, o que nos mostra que a economia está melhorando, mesmo que gradativamente. Na comparação com agosto, que teve o maior acumulado no período desde 2014, setembro teve leve desaceleração, mas já era esperado. Acreditamos que seguiremos nesse patamar em torno de 3% até dezembro”, destaca o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.
Sanzovo ressalta ainda o otimismo para a reta final de 2019. “Neste mês, teremos a Black Friday, que já virou tradição no calendário de promoções, e temos visto a intenção de compra na data aumentar. Além disso, a Caixa Econômica Federal antecipou o pagamento do saque imediato do FGTS de pessoas que receberiam em 2020 para novembro e dezembro, uma medida que poderá incentivar esses brasileiros a gastarem um pouco mais no final do ano. Natal e Réveillon já são as melhores datas para o varejo, estamos com boas expectativas para os próximos meses, e esperamos que o setor supermercadista continue crescendo.”
Itens mais baratos
O indicador, que aponta as variações de preços dos 35 produtos mais consumidos nos supermercados, registrou queda de -1,40% em setembro, passando de R$ 474,64 para R$ 467,98. Já no acumulado dos 12 meses (setembro 2018/setembro 2019), a cesta teve alta de 1,67%.
As maiores quedas foram registradas nos preços da farinha de mandioca (-18,29%), cebola (-16,23%), batata (-14,17%) e tomate (-7,11%). As maiores altas foram no óleo de soja (3,45%), margarina cremosa (3,15%), xampu (3,02%), e papel higiênico (2,30%).
Regiões
Em setembro, as regiões Centro-Oeste e Sudeste foram as únicas que registraram aumento no valor da cesta, com 0,18% e 0,05%, respectivamente, impulsionadas principalmente por Cuiabá e Goiânia, e pelo interior de Minas Gerais e Grande Vitória. A maior variação negativa foi registrada na Região Norte (-3,97%), seguida das regiões Sul (-1,78%) e Nordeste (-1,06%).
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