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sexta-feira, 19 abril, 2024

Presidente do Sindiex fala sobre recentes impactos no comércio exterior

Sindiex: além do câmbio, carga tributária, burocracia e deficiência na infraestrutura continuam a prejudicar as exportações capixabas. Mas a insegurança política tem sido grave fator negativo.   

Presidente do Sindiex (Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo), Marcílio Machado, aponta que o câmbio é apenas uma das variáveis que impactam o comércio exterior. Há outros problemas como alta carga tributária, burocracia governamental e deficiente infraestrutura portuária. Mas, na avaliação de Machado, a relevância negativa da insegurança política tem se destacado, por sua capacidade de inibir e postergar investimentos.

Presidente do Sindiex fala sobre recentes impactos no comércio exterior

Ele enfatiza que as internacionalizações das empresas brasileiras são importante no processo de sustentabilidade e crescimento das exportações. “Ao contrário do que muita gente pensa, é Real forte e não o Real fraco que faz com que haja um número maior de empresas se internacionalizando e, consequentemente, fazendo investimentos no exterior”, enumera.

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“São as subsidiárias das empresas brasileiras, por meio de produção no exterior ou, apenas, por meio de centros de distribuição, que puxam as exportações do Brasil para um determinado país”, explica Machado. O presidente do Sindiex relata que cerca de 70% do comércio internacional é realizado de matriz para filial. “Enquanto isso não for claramente entendido, toda vez que houver uma queda nas exportações, procurarão colocar a desculpa no câmbio, que só explica isso de uma maneira parcial”.

CNI

Há dois dias, a CNI – Confederação Nacional da Indústria – divulgou um estudo apontando queda no peso das exportações na produção da indústria nacional. Segundo a pesquisa, na competição com os internacionais, o fortalecimento dos produtos “made in Brasil” parou com o barateamento do dólar.

O gerente executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, afirmou ao Estadão que, aparentemente, o movimento de aumento da importância das exportações e queda no uso de importados estava se revertendo. Ou seja, exportações caindo e a entrada de produtos importados aumentando no mercado nacional.

DÓLAR

Marcílio Machado aponta ainda que a desvalorização do dólar pode sim impulsionar as importações em alguns setores específicos. Entretanto, é importante observar que as importações só ocorrem quando há demanda por um insumo ou produto. “Ninguém vai importar algo simplesmente porque o dólar se desvalorizou diante do Real”, defende.

Além disso, segundo ele, o crescimento das importações é um dos primeiros indicativos que a economia está saindo de uma recessão. “O problema da indústria está muito relacionado a uma maior integração das empresas brasileiras no mercado global e a celebração de acordos comerciais com outros países. Perdemos muito tempo com a falta de pragmatismo na política comercial do pais.”

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