Sindicatos que aparecem em panfleto divulgado nas redes sociais negam envolvimento para fechar vias da Grande Vitória na sexta-feira (24).
O capixaba e também turistas de outros Estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro, que todos os anos aproveitam o feriado de carnaval no Espírito Santo, foram surpreendidos na manhã desta quinta-feira (28), com um panfleto que viralizou nas redes sociais. Com o título “Não terá carnaval” e trazendo logomarcas de diferentes sindicatos e associações do Estado, o falso documento anuncia uma paralisação geral. Também foram veiculados diferentes áudios na internet com mensagens sobre a “suposta” movimentação de policiais e seus familiares no sentido de fechar as principais vias da cidade.
A imagem mostra uma programação, a partir das 16h, para fechar as principais vias da Grande Vitória e todos os batalhões nesta sexta-feira (24), véspera de carnaval. Mas um detalhe, chama atenção dos mais atentos: a citação do Sindiroviários, com a descrição: Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santa Cruz do Sul e Região, um sindicato que atua no Rio Grande do Sul.
Mas, ainda que quem tentou causar alarde não tivesse deixado “passar o erro”, fato é que os sindicatos que aparecem no panfleto, embora declarem apoio às reivindicações da Polícia Militar, negam qualquer participação em movimento nesse sentido. O presidente do Sindirodoviários, Edson Bastos, afirma que também só tomou conhecimento do boato pela internet. “O sindicato não teve nenhum tipo de conversa com ninguém. A gente considera que o movimento da PM é legítimo. Mas entre apoiarmos o movimento e fazermos parte dele é uma distância grande. A preocupação do sindicato é de carregar a sociedade no ônibus”, declarou Bastos.
“Meu telefone não para de tocar. Isso não existe. O sindicato não tem nada a ver com isso. Por mais que sejamos solidários ao reajuste dos policiais, isso não existe”, explica o presidente do Sindicomerciários, Jakson Andrade Silva.
“Não tivemos nenhum tipo de reunião. Os bares vão funcionar normalmente na sexta. A gente quer que acabe, porque estamos funcionando precariamente. Estamos tendo que levar funcionários em casa. Estou recebendo um milhão de WhatsApps”, afirmou o presidente do Sindbares/Abrasel-ES, Wilson Vettorazzo Calil.
