Objetivo é medir os impactos ambientais em todas as etapas do ciclo de vida dos mármores, granitos e quartzitos brasileiros, incluindo extração, transporte e beneficiamento
Por Kikina Sessa
Representantes da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas), Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo Cachoeiro de Itapemirim (Ifes Cachoeiro de Itapemirim) se reuniram no campus do instituto federal, em Cachoeiro, para discutir os avanços do projeto EPD (sigla em inglês, Environmental Product Declaration, ou Declaração Ambiental de Produto, em tradução). Durante o encontro, foi apresentada a plataforma que será usada na coleta de dados das empresas do setor. A ferramenta já está em fase de testes e deverá ser disponibilizada para as empresas em março.
O projeto EPD, que serve de modelo global, faz parte da Análise do Ciclo de Vida das Rochas Brasileiras (sigla LCA, em inglês). Seu objetivo é medir os impactos ambientais em todas as etapas do ciclo de vida dos mármores, granitos e quartzitos brasileiros, incluindo extração, transporte e beneficiamento.
A iniciativa foi encomendada pelo Centrorochas ao Ifes e conta com o apoio do Sindirochas e do Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag). Os resultados ajudarão a reforçar a sustentabilidade, a competitividade da indústria e a transparência das operações, além de atender às exigências de mercados internacionais. A previsão é que o projeto seja concluído em cerca de dois anos.
Início da coleta e segurança das informações
Com a previsão de início da coleta de dados em março, o Ifes será responsável por todo o processo, que será conduzido de forma sigilosa. Os dados coletados estarão protegidos por criptografia, e as informações individuais das empresas participantes não serão compartilhadas com as entidades ou integrantes do projeto. Esse mecanismo de segurança reforça a confiança necessária para que as empresas contribuam com informações essenciais ao desenvolvimento da análise.


Quando era protótipo, a metodologia foi apresentada na Itália, durante reunião da Aliança Estratégica de Rochas Naturais (NSSA) e foi adotada pelos países membros do grupo (além do Brasil, participam Alemanha, Espanha, Finlândia, Grécia, Itália, Portugal, Reino Unido, Turquia e Estados Unidos). A NSSA decidiu implementar a base metodológica desenvolvida no Brasil nos estudos que estão sendo desenvolvidos por seus outros membros, reconhecendo a inovação e a eficiência do modelo nacional. Com informações do Centrorochas