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sábado, 20 abril, 2024

Setor cooperativista se une para enfrentamento da pandemia

Para evitar colapso na economia cooperatista, empresas têm buscado se adaptar à nova realidade, auxiliando os clientes e investindo em linhas de crédito

A pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) está atingindo fortemente a economia, causando períodos de instabilidade, levando alguns setores a buscar meios de sobreviver aos impactos da doença, que atingiu setores como a indústria, o comércio, entre outros.

O setor cooperativista também tenta sobreviver em meio a pandemia. Por meio de nota, o Sistema OCB/ES informou que “tem buscado cumprir o seu papel institucional de representação e luta pelo cooperativismo capixaba, atento aos anseios das cooperativas, às necessidades dos cooperados e buscando soluções positivas para que o cooperativismo saia ainda mais forte deste momento de incertezas”.

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Como forma de apoiar as cooperativas neste momento, o Sistema OCB/ES informou que não tem medido esforços em mantê-las bem informadas e com todo apoio técnico, jurídico e contábil disponível.

“Atuamos sempre atentos às mudanças e atuação do poder público estadual e nacional que impactam diretamente nosso modelo de negócio. A nível estadual, o Sistema OCB/ES tem concentrado forças em detalhar para as cooperativas, dirigentes e cooperados as nuances dos decretos estaduais e informações que impactam cada ramo.”, esclarece a nota da instituição.

Linhas de crédito

A OCB/ES informou, ainda, que as linhas de crédito para pessoas jurídicas, micro e pequenos empreendedores, e auxílio emergencial estendido para cooperados têm sido elementos de constantes consultas por parte das cooperativas.

E o Sistema OCB/ES tem apresentado meios para a recuperação e mitigação dos impactos provocados pela Covid-19, principalmente por caminhos alternativos empenhados pelo cooperativismo financeiro. O Sicoob ES é um deles, com a proposta aoseulado.sicoobes.com.br na qual a cooperativa apresenta alternativas para prorrogação de pagamentos, reestruturação de dívidas e manutenção de contratos sem alterações. Além disso, o Sistema OCB/ES também articulou junto ao Sicoob ES a liberação de crédito especial para cooperados do ramo Transporte como alternativa aos impactos econômicos provocados pela crise.

Bento Venturim
O presidente do Sicoob-ES, Bento Venturim. – Foto: Divulgação

Além disso, a cooperativa planeja liberar, até o final de junho, R$ 115 milhões para micro, pequenas e médias empresas. Parte dos recursos estão sendo disponibilizados por meio de linhas de crédito do BNDES. A medida, segundo os dirigentes da instituição financeira cooperativa, é mais uma forma de atuar para amenizar os prejuízos causados pela pandemia de coronavírus.

Uma das opções de crédito disponível faz parte do Programa Emergencial de Suporte a Empregos do BNDES. O recurso deve ser utilizado exclusivamente para o financiamento da folha de pagamento dos funcionários de empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões.

Para as empresas que realizam o pagamento de seus funcionários pelo Sicoob, o recurso pode ser solicitado no site bndespese.sicoobes.com.br. As operações têm prazo de pagamento em 3 anos com carência de 6 meses. A taxa de juros é de 3,75% ao ano.

Apoio

Bento Venturim, presidente do Sicoob ES, ressalta que a instituição tem como propósito a atuação no desenvolvimento coletivo. “Neste momento de reorganização, nosso papel é ainda mais necessário, e a parceria com os associados é vital para que todos nós voltemos a crescer juntos”, pontua.

Outras medidas para auxiliar os associados anunciadas no mês de março incluem a prorrogação de dívidas, por até 90 dias, a reestruturação de contratos de empréstimos e financiamento, o aumento de limites de crédito automático e de cartão.

O volume de recursos envolvidos nesses estímulos ultrapassa os R$ 3 bilhões. Até o momento, cerca de 16 mil associados solicitaram o adiamento do pagamento das parcelas por três meses e a nova estruturação de suas operações de crédito pelo site aoseulado.sicoobes.com.br.

Agronegócio

Para o segmento do agronegócio, a instituição está trabalhando em ofertas com recursos próprios e repassados, que devem chegar a R$ 500 milhões no ano safra 2020/2021. Cerca de 15 mil produtores rurais poderão ser beneficiados. Bento Venturim enfatiza que a recuperação do agro é vital para a retomada do crescimento, principalmente nas cidades do interior.

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