Em nota, sindicato de servidores do Itamaraty cobra do ministério um plano de evacuação de funcionários do país após ataques de Israel
O Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) está cobrando do governo federal um plano para retirar servidores brasileiros do Líbano. O país está sendo bombardeado por Israel nos últimos dias depois de o conflito no Oriente Médio escalar. Haveria nove servidores do Ministério das Relações Exteriores em Beirute e suas famílias, além de 11 pessoas contratadas localmente.
“Diante da intensificação dos ataques de Israel ao Líbano, o Sinditamaraty manifesta extrema preocupação com a segurança dos servidores do Itamaraty e de seus familiares em Beirute. O agravamento da situação, em especial desde 20 de setembro, que já contabiliza mais de mil mortos nos bombardeios à capital libanesa, sendo cinco brasileiros entre as vítimas, gera crescente temor entre a comunidade brasileira no país”, diz o sindicato em nota divulgada nesta segunda-feira, 30.
“Enquanto nações como os Estados Unidos ordenaram a evacuação dos familiares do seu corpo diplomático no último sábado, o corpo diplomático brasileiro ainda aguarda instruções claras do Ministério das Relações Exteriores (MRE). A inércia diante de um cenário de guerra coloca em risco a vida dos servidores e dos cerca de 20 mil brasileiros que residem no Líbano”, afirma o texto.
“O Sinditamaraty clama, publicamente, que o MRE apresente, de forma imediata, um plano detalhado de evacuação e tome medidas urgentes para garantir a segurança de seus servidores e familiares”, diz a nota.
“A demora inaceitável por parte do MRE em agir pode custar vidas Cabe citar que essa não é primeira vez que os servidores lidam com a ausência de orientações e protocolos claros: mais recentemente situação similar foi vivida na Cisjordânia”, afirma o sindicato.
O Sinditamaraty é uma entidade voltada a todos os servidores do Ministério das Relações Exteriores, inclusive diplomatas. Apesar disso, os diplomatas também têm uma entidade exclusiva. Com informações de Agência Estado