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sexta-feira, 19 abril, 2024

Serraglio recusa Ministério da Transparência

Após muto suspense, o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio decide não aceitar o convite de Temer para assumir o Ministério da Transparência. A decisão coloca na berlinda o deputado afastado Rocha Loures (PMDB-PR), que perderá o foro privilegiado.

Mais reviravoltas em Brasília, dessa vez com a decisão do ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio de não aceitar o convite de Temer para assumir o Ministério da Transparência. A decisão de voltar à Câmara, retira da Casa o deputado afastado Rocha Loures (PMDB/PR), seu primeiro suplente.

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Isso significa que Loures, investigado ao lado do presidente Michel Temer em decorrência da delação de Joesley Batista, perderá o foro privilegiado. Mas, na avaliação de interlocutores do presidente é que, ainda assim,  o caso de Loures permanece no STF porque é atrelado ao de Temer.

Serraglio recusa Ministério da Transparência

Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil de Ricardo Saud, operador do empresário Joesley Batista.

A propina foi paga em troca da promessa de resolver problemas do grupo J&F no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A gravação feita pelo empresário de reunião com Temer, mostra que Batista chegou ao deputado por indicação do presidente da República.

Mudanças

Serraglio foi demitido do Ministério da Justiça no domingo. Além de saber da mudança pela imprensa, teve sua saída confirmação em um telefone do líder peemedebista na Câmara, Baleia Rossi (SP). O presidente Michel Temer não o procurou para explicar a troca no comando da Justiça.

Temer iria receber Serraglio somente na tarde desta terça (30), mas ele tomou sua decisão de recusar o convite antes de encontrar o presidente. O governo, portanto, foi surpreendido. Ainda no domingo, o ministro Moreira Franco disse que Serraglio havia aceitado o novo ministério.

Razões

Políticos próximos ao ministro afirmam que uma das razões para negar o novo ministérios está na ameaça de Temer perder o mandato. No dia 06 de junho, o TSE inicia julgamento sobre a chapa com Dilma, e Temer poderá ser cassado. Há ainda a possibilidade de ser pressionado a sair do cargo diante de novas descobertas. “Ele não iria colocar seu mandato em risco”, afirmou um interlocutor à IstoÉ.

Serraglio sai do cargo com o discurso de que não interferiu na Lava Jato. Já o novo ministro, Torquato Jardim, sinaliza para mudanças na cúpula da Polícia Federal. O diretor-geral da PF, Leandro Daiello, é considerado como um garantidor das investigações. Substituí-lo é, na prática, mexer com a Lava Jato.

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