Para Renan Schaefer, diretor executivo da associação, a demanda continuou, dentre outros motivos, devido ao auxílio emergencial
Acredito que você já tenha visto que o Copom do Banco Central elevou ontem a taxa básica de juros da economia (Taxa Selic) em 0,75 ponto percentual. Com isso, a Selic passou de 2% para 2,75% ao ano. De modo geral, o aumento já era esperado, porém ultrapassou as estimativas.
Este foi o primeiro aumento da taxa Selic em 6 anos e a previsão é que a taxa continue aumentando, terminando 2021 em 4,5% ao ano e 2022, em 5,5% ao ano, segundo o Boletim FOCUS do Banco Central, de 12 de março de 2021.
Para Renan Schaefer, diretor executivo da ABFintechs, existe uma grande possibilidade de o aumento na taxa de juros continuar no curto e médio prazo. “A pandemia prejudicou a economia de modo geral e estamos sendo afetados por um choque de oferta. Neste cenário, a demanda continuou, dentre outros motivos, devido ao auxílio emergencial”, afirma o executivo.
Quanto aos investimentos neste momento, Renan ainda afirma que existe uma possibilidade grande de sair fluxo de capital produtivo e ações, migrando para uma renda fixa e mais tradicional. “Para investidores mais conservadores, a renda fixa volta a sinalizar uma retomada. No entanto, a questão ainda é um pouco mais complexa, ou seja, o aumento da taxa de juros também se reflete num ajuste de curva de juros mais longa. O impacto do aumento de juros será sentido tanto na economia real, como também no câmbio”, explica Schaefer.