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terça-feira, 23 abril, 2024

Veja o impacto do aumento da Selic no crédito para consumidores e empresas

Alta da taxa básica terá pouco efeito sobre juros finais porque há grande diferença entre a Selic e o juro efetivo

Depois de quase seis anos, o Banco Central elevou nessa quarta-feira (17) a taxa básica de juros no Brasil. A Selic passou de 2%, patamar definido em agosto de 2020, para 2,75% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro. Conforme o Boletim Focus divulgado esta semana, os analistas esperavam uma elevação para 2,5%.

Segundo informações divulgadas pela Agência Brasil, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) avalia que a elevação da Selic terá impacto pequeno sobre as taxas cobradas dos consumidores e das empresas. Isso porque existe uma diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo.

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O juro médio para pessoas físicas subirá de 93,76% para 95,08%; enquanto as pessoas jurídicas pagarão 42,96%, ante a taxa média de 41,97% até então. No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 6,82 a mais com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,40 a mais.

Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,80 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 21,75 a mais após o pagamento da última parcela. Caso seja feita em financeira, a operação sairá R$ 14,23 mais cara. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 15,43 a mais por parcela e R$ 925,63 a mais no total da operação.

Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 91,99 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 36,92 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e apenas R$ 4 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.

Histórico da Selic

A Selic subiu pela primeira vez desde julho de 2015, quando tinha sido elevada de 13,75% para 14,25% ao ano. A taxa permaneceu nesse nível até outubro de 2016, quanto o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse foi o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

Com informações da Agência Brasil.

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