Por meio de coletiva de imprensa, Nésio Fernandes e Luiz Carlos Reblin explicaram quais medidas estão sendo adotadas no Estado e reforçam a importância do distanciamento social
O distanciamento social é uma das medidas fortemente defendidas pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e pelo subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin. Por meio de coletiva, realizada nesta segunda-feira (25), eles apontaram as medidas que estão sendo adotadas pelo Espírito Santo no enfrentamento à Covid-19.
Segundo Nésio Fernandes, a partir desta quinta-feira (28), os hospitais referência no tratamento da doença receberão um equipamento que ajudará a chega ao diagnóstico mais rápido, principalmente em pacientes com estado mais grave.
Governador
De acordo com o secretário, o governador Renato Casagrande, diagnosticado com a Covid-19, passou a apresentar os sintomas no último sábado (23). Foi realizada a coleta por meio do swab (um cotonete estéril que serve para coleta de exames) e do exame PCR, cujos resultados foram positivos.
“Estive com o governador na sexta-feira (26) junto com outros secretários e servidores. Todos os que estiveram com ele serão testados Eu e demais servidores estamos assintomáticos, mas estamos em investigação. O governador está isolado, cumprindo o isolamento de 14 dias, tomará os medicamentos necessários para sua melhora e será monitorado ao longo desses dias”, destacou.
- Renato Casagrande e primeira-dama testam positivo para covid-19
- Inquérito sorológico: maioria dos pacientes com o coronavírus não apresentou sintomas
Inquérito sorológico
De acordo com o subsecretário Reblin, entre os dias 27 e 29 de maio será realizada a segunda etapa do Inquérito Sorológico, campanha de testagem da população capixaba para detecção de anticorpos do novo coronavírus. A primeira etapa foi realizada entre os dias 13 e 15 de maio.
“O teste é realizado em até 15 minutos, com diagnóstico preciso. O resultado do inquérito nos ajudará a construir uma fotografia do Espírito Santo sobre a passagem da doença, com clareza nas regiões e municípios. Nos mostra onde há necessidade de monitoramento apurado e mais adequado e, conseguinte, de mais instalações de equipamentos para tratamento da Covid-19”, disse Reblin.
Ele reforçou a necessidade do recebimento da equipe de testagem nas residências. “Apelo a toda a comunidade, caso sua casa seja sorteada, que receba bem a nossa equipe, pois ela é composta por pessoas que trabalham na sua cidade. Permita que ela realize o trabalho para que nos ajude a entender melhor sobre a pandemia no ES”, ressaltou o subsecretário.
Hospital de campanha
O secretário de Saúde informou que os hospitais de campanha ainda não são necessários. “São estruturas hospitalares temporárias e frágeis. Queremos afirmar que a estratégia definida pelo governo do Estado, com expansão de leitos, em estruturas próprias em hospitais estaduais e filantrópicos em estrutura forte, é a mais acertada. Tínhamos 60 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no início da pandemia e agora chegamos a mais de 700. Todos os hospitais de campanha representam essa quantidade”, disse.
Ele destaca que a medida pode ser adota na região noroeste, onde há mais carência de serviços de saúde. “Estamos avaliando uma solução pra atender a região noroeste do Estado porque apresenta poucos recursos. Por lá, há poucas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), e há dificuldade de transferência para um hospital de referência, por exemplo. Ainda na região da Grande Vitória há outras expansões de leitos a serem realizas”, disse Nésio.
Insumos
Muitos profissionais têm reclamado que faltam insumos, como equipamentos e medicamentos, para atendimento. O secretário reforça que o Estado está buscando garantir esses recursos.
“Estamos buscando adquirir e garantir que os medicamentos e materiais sejam supridas. Este é outro risco que não governamos e não temos muita governabilidade sobre ele porque não depende da vontade do governador, do Estado, ou dos servidores. Estamos buscando no mercado e com vários fornecedores para que não faltem em nossos hospitais.”, finalizou Nésio Fernandes.