A capixaba Ana Paula Vescovi, economista-chefe do banco, fala sobre essa previsão e o potencial que o Estado tem para sustentar esse crescimento robusto
Por Kikina Sessa
Estudo elaborado pelo Santander Brasil projeta um crescimento de 2,6% na economia do Espírito Santo em 2024, resultado que deve superar a média do Sudeste. Os dados estão em estudo especial que apresenta estimativas do Santander por Estados e regiões do país para o horizonte de 2022 a 2025.
Já para o Sudeste como um todo, o Santander prevê alta de 2,2% em 2024, e de 1,7% em 2025.
A economista-chefe do banco, Ana Paula Vescovi, explica que a motivação para o estudo se deve ao fato de os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ) para as economias estaduais serem publicados com uma defasagem de dois anos.
De acordo com o estudo, neste ano, o setor de serviços vem sendo o grande impulsionador da aceleração do PIB (Produto Interno Bruto), com registro de 67,9%. Em seguida vem indústria (27,2%) e agropecuária (4,3%).
Ela comenta que o Brasil já recuperou a tendência do PIB de antes da pandemia, está até um pouco acima, e isso se reflete pelas economias estaduais. “Estamos em um bom momento da economia brasileira. A economia está robusta e estamos tendo um crescimento da renda real e a produção industrial se recuperando.”
Previsão de déficit em relação ao PIB em 2024 segue em 0,60% - A mediana do Focus para o déficit primário de 2025 continuou em 0,75% do PIB, fora do intervalo da meta do ano que vem 
Monitor do PIB da FGV aponta retração de 0,1% em julho - Apesar da diminuição antes ao mês anterior, a pesquisa revela que o PIB cresceu 5,4% em julho de 2024 na comparação com 2023 Ana Paula fala ainda sobre fundamentos importantes para que o Espírito Santo sustente o crescimento robusto quem vem apresentando. “Ter um bom ambiente de negócios, que seja atrativo para investimentos. Cuidar das políticas públicas para que elas sejam efetivas para a sociedade. E, em particular, estar atento a dois temas: a reforma tributária, que está a caminho, e que vai mexer na configuração dos incentivos fiscais, e a produção de commodities, em especial o petróleo”.
