Nesta terça-feira (17) dia das eleições israelenses, o Estado Judeu revela algumas incertezas quanto o resultado final das urnas
Nesta terça-feira (17) é o dia das eleições nacionais israelenses. Em menos de seis meses, é a segunda vez que os eleitores de Israel vão votar. Isso ocorreu porque o primeiro-ministro Benjamin-Netanyahu não conseguiu reunir a maioria dos assentos para formar um governo, após as eleições de abril.
Existem 30 partidos para os israelenses escolherem, dentre eles o Likud de Netanyahu, e o azul e branco, liderado pelo ex-chefe do Estado Maior das Forças de Defesa de Israel, general Benny Gantz.
As pesquisas revelam que os dois oponentes estão bem equilibrados na liderança das pesquisas. Entretanto, partidos de direita como Ayelet Shaked Yamina, o centrista do Avigor Liberman, Israel Beiteinu, e a Lisata Árabe Unida integram a disputa.
ANALISTA POLÍTICO
Segundo o comentarista político Shmuel Rosner existem dois pontos principais que os israelenses enfrentam nessas eleições.
“Um é o tópico que tínhamos em abril, o mesmo sobre o qual votamos há meio ano, e essa é a questão de se o primeiro-ministro Netanyahu, o primeiro-ministro mais antigo da história de Israel, manterá seu emprego”, declarou Shmuel, que complementou que essa batalha definirá o futuro do Estado Judeu.
O comentarista acrescentou que esta não é a questão da direita contra a esquerda, não se refere aos palestinos, ao Irã, à economia ou à corrupção, trata-se dessa pessoa e se queremos que ele continue como primeiro-ministro de Israel.
“A segunda questão, e isso é novo para esta eleição, é para garantirmos que não teremos um terceiro turno. Um dos resultados que os israelenses não gostariam de ver após esta eleição é que precisamos votar pela terceira vez em um ano ou um ano e meio”, revelou Shmuel.
OPINIÃO NAS RUAS DE ISRAEL
Segundo israelenses que estavam nas ruas, em específico no mercado de Mahayne Yehuda, Jerusalém, alguns pontos vão definir as eleições. Sob o mesmo ponto de vista, segurança, questões sociais, educação e sobreviventes do holocaustos, são questões decisivas.
“Bibi Netanyahu, porque acho que ele está funcionando bem e não quero o lado esquerdo do mapa”, disse Edna.
“A melhor opção é Bibi Netanyahu, como se eu não fosse um dos fãs dele, não concordo com ele, mas acho que ninguém pode substitui-lo agora”, disse David.
Em Tel Aviv, o centro econômico do país, muitos israelenses não quiseram comentar. Entretanto em Rothschild Street, uma das ruas mais famosas da cidade, e onde o Estado Judeu começou, alguns revelaram sua opinião.
“Acho que quero ver Gantz como o próximo primeiro-ministro de Israel. Eu acho que a situação atual não é tão boa para nós; politicamente, globalmente, acho que podemos mudar muitas coisas”, disse Lior.
“Nós não sabemos quem escolher. Tipo, é uma decisão realmente difícil. Eu acho que irei por Gantz, mas não sei; talvez, Gantz ou Liberman, todos, exceto Bibi ”, disse Moshe.
RESULTADO DAS ELEIÇÕES
Segundo Rosner, existem dois resultados básicos para esta eleição. O primeiro é Netanyahu e sua coalizão para conseguir 61 assentos, e que a formará com os partidos de direita, partidos religiosos, e seguirá as últimas políticas dos últimos cinco anos.
“O segundo resultado possível é o desconhecido: o acampamento de Netanyahu não tem 61 assentos e haverá muitas manobras. Terá que haver algum tipo de coalizão de unidade”, revelou o comentarista, que que levantou algumas perguntas.
“É Netanyahu, é o general Gantz? São os dois, com algum tipo de rotação? Alguém do Likud que não é Netanyahu? Portanto, existem muitas complicações”, destacou.
Depois dos resultados desta terça-feira (17), os resultados devem ficar mais claros, e novos desafios vão surgir, pois Netanyahu ou Gantz tentarão formar o próximo governo.
*Da redação, com informações de CBN News
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