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sábado, 12 DE outubro DE 2024

Renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica pode movimentar R$ 30 bilhões

Proposta levada a audiências públicas prevê cerca de R$ 24 bilhões para modernizar ferrovia e adquirir vagões e locomotivas. Trecho de 250 quilômetros atravessa 11 municípios capixabas

Por Redação

A proposta de renovação antecipada da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela VLI, foi aprovada pela Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e será levada a audiências públicas. A empresa afirma que a conclusão da renovação antecipada da FCA deve propiciar um novo ciclo de investimentos para a aquisição de vagões, locomotivas e modernização da malha da ferrovia, o que resultará em um transporte de cargas mais eficiente e seguro, no fortalecimento da indústria nacional e na geração de emprego e renda. Com a assinatura do novo contrato, cerca de 10 mil postos de trabalho diretos deverão ser gerados.

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“A renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica é um projeto moderno, que nasce dentro do novo formato do governo federal para processos do gênero e já incorpora inovações regulatórias recentes em seu escopo. Por isso, acreditamos que esta renovação possa ser o símbolo de uma nova era de transformação na logística nacional, ao direcionar recursos para a modernização do modal ferroviário, além de investimentos que irão fortalecer nossa indústria, elevar a eficiência de setores estratégicos para a economia nacional – como o agronegócio, siderurgia e construção civil, todos atendidos pela malha da FCA”, afirma Fábio Marchiori, CEO e CFO da VLI.

De acordo com a estimativa dos cadernos de demandas atualizados para prosseguimento do processo, a renovação antecipada da FCA aumentará em 46% o volume de cargas transportadas pelos seus trilhos em um novo ciclo da concessão.

Frota e malha serão modernizadas

O plano de renovação antecipada da Ferrovia Centro-Atlântica prevê investimentos na linha férrea e na aquisição de vagões e locomotivas. Os investimentos na ferrovia têm como foco a modernização e a ampliação da infraestrutura logística a partir de obras para construção de novos trechos e ramais ferroviários, realocação de pátios de cargas e soluções integradas para resolução de conflitos rodoferroviários. Já o investimento em vagões e locomotivas proporcionará um forte estímulo às fabricantes nacionais de material rodante.

Uma malha mais moderna, fruto dos investimentos, e novos vagões e locomotivas se somarão aos esforços atuais da companhia para a redução das emissões de carbono, além de permitir o aumento da velocidade no transporte de carga.

Está prevista também a construção de novos pátios ferroviários, proporcionando mais agilidade, ao evitar que composições precisem aguardar paradas o trânsito de trens em sentido oposto; e a adoção de um sistema de comunicação em parte da malha com padrão internacional, incrementando a segurança da operação.

No Espírito Santo, a FCA tem um trecho de 250 quilômetros que atravessa 11 municípios da região Serrana e do Sul do Estado, partindo da Grande Vitória e rumando ao Rio de Janeiro.

Acesso portuário e obras de conflitos urbanos

Além dos investimentos em ferrovia e em material rodante, a renovação antecipada da Ferrovia Centro-Atlântica inclui R$ 5 bilhões em outorga e em compensações. Nesse último ponto, além de investimentos na malha, destaque será a realização de obras de resolução de conflitos urbanos, com investimentos e intervenções que poderão ser realizadas em 35 cidades, em um total de 80 obras.

Também está prevista a construção do acesso ferroviário ao Porto de Aratu, na Bahia. Trata-se de uma importante obra, com 2,5 quilômetros de extensão, que atenderá a movimentação crescente do agronegócio da região.

Concessão

A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) é a maior ferrovia do Brasil. Conectando sete estados e o Distrito Federal, as linhas da FCA são a principal via de integração entre as regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Surgiu a partir da desestatização da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), em junho de 1996, e está sob o controle da VLI desde 2011.

De 2019 a 2023, a FCA recebeu investimentos de cerca de R$ 2 bilhões, que permitiram a modernização da linha férrea, a aquisição de locomotivas e vagões, a construção de novas oficinas de manutenção e de novos terminais de recebimento de carga. Uma operação robusta que mobiliza 10 mil empregos diretos e indiretos e contribui para a formação de mão de obra especializada.

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A VLI é uma holding que tem como sócios a Brookfield, Vale, Mitsui, FI-FGTS e BNDESPar, ou seja, a gestão e administração da FCA são independentes. Com a missão de transformar a logística do país, a VLI é uma companhia que traz um novo olhar sobre a logística, conectando a cadeia logística dos seus clientes e garantindo a opção mais eficiente para cada desafio. Com uma operação multimodal que integra portos, ferrovias e terminais, a VLI atende aos principais segmentos que movimentam a economia brasileira: agronegócio, indústria e siderurgia.

A VLI tem grande experiência em serviços logísticos, buscando sempre a inovação e as melhores práticas de gestão. A companhia, além de ser a operadora da FCA, controla também o Tramo Norte da ferrovia Norte Sul (FNS), nove terminais integradores, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e a operação em terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como Santos (SP), São Luís (MA), Barra dos Coqueiros (SE), São Gonçalo do Amarante (CE) e Vitória (ES).

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