Cerca de dois mil médicos permanecem no país, após o fim do acordo com Cuba
Após o rompimento do governo de Cuba com o Programa Mais Médicos, em novembro do ano passado, cerca de dois mil médicos permaneceram no país. Nessa quarta (27), o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que eles “estão numa condição de exilados”.
De acordo com o ministro, a medida faz parte de uma proposta que deve ser enviada ainda em abril para o Congresso Nacional e que pretende alterar a legislação sobre o programa, criado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff.
Entretanto, o programa foi revisado pelo presidente Jair Bolsonaro, que impôs uma série de regras para que os médicos permanecessem atuando no país. Desta forma, mais de 8 mil profissionais cubanos deixaram o Brasil.
Durante a reunião na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Mandetta disse aos 20 senadores presentes que a situação precisa ser resolvida o quanto antes.
“Nós devemos ter uma proposta de como que essas pessoas podem se reencontrar com a sua profissão, legalizados, e poder exercer sua profissão, já que eles são muito mais vítimas dessa negociação que foi feita entre países, do que propriamente atores de algum ato que os colocasse dentro do País em situação irregular”,afirmou o ministro.
Mandetta destacou, ainda, que muitos desses médicos que permaneceram no país estão trabalhando como balconistas de farmácia e agentes comunitários. “Talvez eles possam, com certeza, legalizar a sua situação profissional e podem ser sim uma opção de trabalho num país livre e democrático”, concluiu.
*Da redação com informações da Agência Brasil.