Expectativa do setor capixaba é manter o mesmo percentual de ocupação registrado em 2023 nos hotéis do litoral, sem perspectiva de crescimento
Por Kikina Sessa
Mês de julho tem férias escolares e isso é um incentivo para famílias investirem no turismo, aproveitando os dias de folga para passear. A expectativa da rede hoteleira do Estado é manter os mesmos percentuais de 2023, ficando entre 60% a 70% de ocupação dos leitos localizados no litoral.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Espírito Santo (ABIH-ES), Fernando Otávio Campos, há dois cenários relacionados ao turismo no Espírito Santo. O de montanha e o do litoral. “A região das montanhas é muito demanda neste período, não só por conta das férias, mas também pelo friozinho do inverno, pelos festivais. Com um movimento predominante de turistas do próprio Estado.”
O presidente ressalta que a procura pelo litoral é menor e que a expectativa é repetir o movimento do que foi no ano passado, sem perspectiva de crescimento.
Renato Apolinário, gerente dos hotéis Comfort Suítes Vitória e Sleep Inn Vitória, comenta que o público de lazer esperado é proveniente do interior do Estado, Minas Gerais e Rio de Janeiro e para os finais de semana. Para agradar o público estudantil, o hotel vai reforçar o café da manhã com “guloseimas” e divulgar as opções de lazer para pais e filhos curtirem na Grande Vitória.
Apolinário comenta que esses turistas, em sua maioria, vêm de carro, devido ao preço alto das passagens aéreas.
Incentivo
O presidente da ABIH-ES observa que a ocupação dos hotéis nas montanhas é maior, de 90% a 100%, no final de semana, mas não dá para afirmar que é por conta das férias porque isso se mantém em outros meses.
“As montanhas são sucesso, mas não impactam economicamente o Estado porque 90% da nossa estrutura de hotéis, leitos, empregos, serviços, gastronomia estão no litoral e o litoral demanda uma ocupação grande, precisa de 300 mil a 400 mil pessoas circulando no litoral para ter um impacto razoável. Guarapari, no verão, passa de 1,5 milhão só na cidade.
Nas montanhas, mesmo juntando todas as cidades, não há como receber mais do que 100 mil pessoas.”
Por isso, ele alerta para a necessidade de trabalhar mais a divulgação. “Por mais que se tenha investido, é fato que é necessário levar a imagem do Espírito Santo como destino turístico para o resto do Brasil”.