Três candidatos abandonaram a corrida pelo Governo do Estado. São eles: Fabiano Contarato, Felipe Rigoni e Erick Musso
Por Josué de Oliveira
Natural do processo eleitoral, quando muitos políticos se lançam como opções para o eleitor nas eleições, desta vez a disputa teve três baixas na reta final para a oficialização das chapas que vão concorrer à sucessão no Palácio Anchieta no dia 2 de outubro.
Deixaram o páreo Fabiano Contarato, Felipe Rigoni e por último Erick Musso, que migrou sua candidatura para o Senado. Mas quem ganha e quem perde com essa decisão. É o que explica o especialista e consultor em marketing político Darlan Campos na entrevista a seguir.
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ES Brasil: Na sua avaliação, o que determinou a retirada de três candidaturas ao governo do Estado?
Darlan Campos: A retirada dessas candidaturas é um movimento natural de qualquer disputa majoritária. Alguns entram com a perspectiva de ganhar espaço, visibilidade e audiência, o que permite a eles participarem mais ativamente do debate. Outros posicionam muitas vezes em busca de espaços em outros projetos de construir determinados elementos e trabalhar a candidatura que não seja majoritária. O Felipe Rigoni desceu para o projeto federal com a visibilidade que foi aumentada por essa pretensa disputa ao Governo. Erick podendo estabelecer outras conexões que outrora já foram mais aprofundadas. E Contarato com uma melhor posição do PT em um possível próximo governo Casagrande. Lembrando que havia uma decisão nacional que levava a chapa petista a não disputar uma majoritária no Espírito Santo pela aliança PSB e PT em nível nacional.
ESB: O que isso impacta no processo eleitoral?
DC: O impacto é uma diminuição vertiginosa do número de candidatos. Trazendo para o cenário atual a candidatura do governador Renato Casagrande se torna mais protagonista no processo eleitoral e favorito na disputa. Tudo isso fortalece, uma vez que diminui o número de candidatos e possibilita uma vitória do Renato.
ESB: Quem sai beneficiado e enfraquecido com essas retiradas?
DC: O grande favorecido é de fato o líder das pesquisas. E a possibilidade de terminar a disputa no primeiro turno aumenta com a saída de outros atores do processo. Quem ganha ou quem perde é muito relativo. O Rigoni, por exemplo, sai de uma disputa que ganharia visibilidade até dia 2 de outubro, mas sairia da eleição sem mandato porque a probabilidade de vitória era muito baixa. Em compensação desce para federal com grande chance de reeleição. Ele entra maior do que se não tivesse colocado seu nome para a disputa.
No caso do Contarato, ele é senador de oito anos e vem com saldo positivo da CPI da Pandemia. Seria um espaço de visibilidade importante, entretanto o PT teria uma probabilidade baixa de vitória. E agora sai com um potencial espaço dentro de um próximo governo Casagrande caso a vitória se confirme. Um espaço que não tinha antes.
Por outro lado, o Erick sai de uma disputa que talvez teria dificuldade grande para um outro projeto que permite restabelecer a conexão com o Palácio Anchieta e aumentaria um pouco a chance de vitória.
ESB: E o eleitor, como fica nesse processo?
DC: O eleitor vai ter candidaturas com viés ideológicos diferentes, propostas diferentes. É como eu sempre digo. O eleitor é a estrela de uma eleição e cabe a ele decidir os rumos do país e do Espírito Santo. Ele vai ter ótimas opções, com possibilidade de candidatura que almejam perspectivas diferentes para candidatos diferentes.