O secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário, Luiz Carlos Reblin, atualizaram na tarde desta segunda-feira as principais informações sobre número de casos, de mortes, vacinação e taxa de ocupação hospitalar.
Uma das informações que mais chama a atenção é o crescimento do número de mortes de jovens e adultos jovens.
No período de outubro de 2020 a fevereiro de 2021, 25% dos jovens de 18 a 29 anos diagnosticados com covid morriam. De 1º de fevereiro a 18 de abril deste ano, a porcentagem de óbitos entre os casos nessa faixa etária foi de 43%, ou seja, quase o dobro.
No mesmo período de comparação, a porcentagem de adultos de 30 a 49 anos diagnosticados com covid que evoluíram para óbito saltou de 25% para 35%.
Confira outras informações da Sesa:
Leitos de UTI
A Secretaria de Saúde informou que ainda neste mês de abril deve chegar ao número de 1.200 leitos de UTI exclusivos para Covid no Estado. Mas ponderou que a maior dificuldade neste momento é a limitação de profissionais para atuarem nas unidades de terapia intensiva, principalmente no interior do estado. “Sem recurso humano, abrir leito de UTI não adianta”, disse o secretário.
Vacinação
O Espírito Santo é o terceiro estado do país que mais vacinou a população. “Alcançamos o terceiro lugar como Estado em andamento da vacinação com as doses enviada pelo Ministério da Saúde. Estamos preparando condições para que o Estado avance ainda mais nessa velocidade”, disse Nésio.
A Sesa disse que a previsão era dar início à vacinação de pessoas com comorbidades no início de maio, mas que a informação do envio nesta semana de um número menor de doses pode prejudicar a previsão do Espírito Santo. “Há uma previsão ainda não confirmada de uma diminuição de doses nesta semana pois o Ministério da Saúde anunciou uma dificuldade na produção. Estamos aguardando a confirmação”, disse Reblin.
90% de ocupação de leitos
Nesta segunda-feira (19), a taxa de ocupação dos leitos de UTI estava em torno de 90%, sendo que a taxa menor verificada hoje em relação aos dias passados deve-se principalmente pela ampliação do número de leitos.
Medidas econômicas
O período de medidas mais rígidas de circulação de pessoas e funcionamento do comércio teve resultado considerado bom na taxa de transmissão da doença. Porém, o comércio voltou a ter permissão para funcionar três dias da semana. Questionado se essa liberação não atrapalharia a manutenção da queda na transmissão, o secretário disse que só seria possível manter medidas restritivas mais duras se o Brasil tivesse medidas econômicas para ajudar os negócios. Nésio ressaltou, porém, que se durante esses três dias da semana a população respeitar seriamente os protocolos, a queda no número de casos pode ser mantida.
