Estado contabiliza 9.458 óbitos por coronavírus desde o início da pandemia, mas sem as medidas mais severas de circulação de pessoas esse número poderia ser maior
As medidas restritivas determinadas pelo governo em todo o Espírito Santo, que vigoraram entre os meses de março e abril deste ano, evitaram a morte de 875 pessoas. Nesta quinta-feira (29 de abril) o Estado contabiliza 9.458 óbitos por coronavírus desde o início da pandemia, mas sem as medidas mais severas de circulação de pessoas esse número poderia ser maior.
O número estimado de vidas preservadas é resultado de um estudo feito pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). A quarentena no Espírito Santo começou no dia 18 de março. Depois de dez dias, a partir de 28 de março, o número de casos confirmados ficou abaixo do previsto para o mesmo período.
De acordo com informações do Instituto Jones, a diferença entre os casos confirmados e os estimados em três semanas (28 de março a 17 de abril) é de 41.646 casos.
“A taxa de letalidade média no Espírito Santo em 23 de abril é de 2,1%. Se aplicarmos essa taxa sobre o número de casos evitados, significa dizer que 875 mortes foram preservadas”, disse o diretor de Integração e Projetos Especiais, Pablo Lira.
O diretor-presidente do IJSN, Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, destacou que se considerada a taxa de letalidade de 2,72% de março, o número de óbitos evitados seria de 1.133.
Pablo Lira explicou que o estudo considerou o crescimento linear, ou seja, se o crescimento do número de casos nas semanas analisadas seguisse o mesmo ritmo do que se observou nas semanas imediatamente anteriores.
“Fizemos esse estudo mantendo o rigor estatístico. Entendemos que a quarentena evitou um cenário mais drástico e que a ampliação do número de leitos foi muito importante também para que esse número não fosse maior”, disse Lira.