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terça-feira, 23 abril, 2024

PT negocia reconciliar com oposição para manter Dilma

Além do PT se reconciliar com a oposição, setores do partido defendem ainda a convocação de novas eleições gerais. 

A proximidade do dia 12 de abril, prazo dado pelo PMDB aos seis ministros da legenda para que deixem seus cargos, caso contrário serão alvo de representação no Conselho de Ética do partido e acabarão expulsos em até 45 dias, tem feito o PT aumentar as ofertas em Brasília. Setores do governo e do partido defendem que, caso a Câmara não aceite o pedido de impeachment, a presidente Dilma Rousseff lidere um amplo processo de reconciliação nacional como forma de retomar a estabilidade política, a governabilidade e estruturar caminhos para sair da crise econômica.

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Nos bastidores em Brasília, a garantia é de que esse processo seria liderado por Lula, como ministro da Casa Civil e entre as propostas de mudança de regras estaria um projeto de lei enviado pela própria presidente Dilma Rousseff para abreviar seu mandato e convocar novas eleições para presidente, deputados e senadores. Aliados da presidente avaliam que a definição de um novo pleito teria impacto positivo na luta pela retomada da estabilidade. “Do jeito que está, ninguém ganha”, argumentou um parlamentar, em entrevista ao jornal Estadão.  

Para isso, seria preciso aprovar no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de iniciativa do Executivo. Lideranças petistas sugerem que Dilma apresente a PEC em algum momento entre a decisão da Comissão Especial do impeachment e a votação do afastamento na Câmara. Mas o planalto discorda da estratégia que pode “passar a impressão de que Dilma entregou os pontos”.  

Além do pedido que está sendo avaliado pela Comissão Especial de Impeachment na Cãmara, há ainda contra o governo um pedido de impeachment protocolado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que cita a delação do senador Delcídio Amaral (sem partido/­MS) e o julgamento do processo que pede a cassação da chapa
Dilma/Michel Temer (PMDB) em tramitação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ganhou considerável força diante das novas revelações da Operação Lava Jato sobre o uso de dinheiro desviado do esquema de corrupção da Petrobrás para o pagamento de despesas da campanha pela reeleição de Dilma. O PT alega que todas as doações ao
partido foram feitas de forma legal e estão devidamente declaradas na corte eleitoral. E, caso não seja “impeachmada”, a presidente terá um árduo desafio pela frente: o de compor uma maioria que garanta governabilidade durante o restante do mandato. 

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