A ação vai segue um dos apelos do IPCC para práticas urgentes relacionadas ao clima
Os próximos países considerados anfitriões para futuros Mundiais da FIFA terão de garantir a aplicação de medidas rígidas para priorizar a sustentabilidade. Assim se compromete a federação internacional em sua estratégia climática quanto às realizações de Copa do Mundo, visando às emissões líquidas zero até 2040.
De acordo com o planejamento da FIFA, para os próximos torneios, serão evidenciados o desenvolvimento e a implementação de programas de proteção climática. Inicialmente, as ações vão se concentrar nas metas globais de redução de 50% nas emissões de carbono até 2030. Em seguida, vai visar à neutralidade de carbono até 2040, com base no Acordo de Paris de 2015. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), essa iniciativa consiste na redução de todas as emissões evitáveis na atmosfera.
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Tal ação vai ao encontro dos apelos do IPCC para práticas urgentes relacionadas ao clima, dada a necessidade de uma redução de 43% nas emissões até 2030 para limitar o aquecimento a 1,5°C acima das temperaturas pré-industriais.
A FIFA enfatiza que a conscientização quanto à geração de lixo é um dos pontos que ganha destaque nesta força-tarefa. Inclusive, ressalta que o Comitê Supremo de Organização e Legado da Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022 está ciente sobre os impactos que esses resíduos representam ao meio ambiente e à sociedade.
Para o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, é fundamental a participação dos diferentes setores na busca da sustentabilidade. Ele ressalta que os eventos esportivos, especialmente os de nível internacional, têm grande poder de levar a conscientização e a propagação de ferramentas que colaboram com essa iniciativa, tais como a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as práticas ESG.
“A Organização das Nações Unidas já enfatizou que, se os compromissos climáticos forem cumpridos, as emissões globais de gases de efeito estufa aumentarão 10,6% até 2030, um pequeno avanço se comparado com previsões anteriores da ONU, que afirmavam um aumento de 13,7%. À vista disso, os diferentes segmentos precisam unir forças para alcançar este objetivo”, conclui.
Com informações de Agência Estadão