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quinta-feira, 28 março, 2024

Prótese de silicone pode causar câncer raro. Fique atenta!

O linfoma anaplásico de grandes células (ALCL) é um câncer raro, mas pode surgir em pacientes que colocaram implante de silicone

Muitas mulheres vão em busca da beleza, mas esquecem de alguns cuidados com a saúde. O linfoma anaplásico de grandes células (ALCL), pode surgir em pacientes que colocaram implante de silicone, tanto nos casos de cirurgia estética quanto nas de reconstrução da mama.

Segundo o National Cancer Institute, a doença tem incidência em três a cada 100 milhões de mulheres por ano. Das ocorrências já registradas no país norte-americano, 70% foram em pacientes que colocaram a prótese por estética e 30% pós-câncer de mama.

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A associação entre a doença e o silicone foi feita em 2017 e o que se descobriu é que o linfoma anaplásico de grandes células pode começar aparentando ser uma inflamação ao redor da prótese ou na própria mama em forma de linfonodos.

Após inserido o silicone no paciente, uma cicatriz fibrosa chamada cápsula se desenvolve ao redor do implante com o passar do tempo. Os casos de linfoma anaplásico de grandes células foram geralmente encontrados nessa cápsula fibrosa ou adjacente ao próprio implante.

Prótese de silicone pode causar câncer raro. Fique atenta!
A rádio-oncologista do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), Anne Karina Kiister Leon, destaca a importância dos exames para chegar ao diagnóstico. Foto: Divulgação

No primeiro caso, a manifestação da doença se dá na forma de seroma, um líquido que surge em grande quantidade. E não adianta drená-lo ou puncioná-lo. Ele volta, o que já acende um sinal de alerta para médico e paciente.

Em outros casos, o ALCL aparece como um nódulo, detectado em exame de toque ou de imagem. Esse tipo é o mais agressivo da doença.

A rádio-oncologista do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), Anne Karina Kiister Leon, destaca a importância dos exames para chegar ao diagnóstico. “Por meio de uma ultrassonografia mamária, conseguimos analisar a massa que surgiu. Se for preciso, o paciente pode ser encaminhado em um segundo momento para uma ressonância magnética, para tirar qualquer dúvida quanto ao diagnóstico. É também a partir da ultrassonografia que é feita a punção de uma parte da massa para mais exames”, disse.

É importante frisar que o linfoma anaplásico de grandes células é um tipo de linfoma e não um câncer mamário. “Quanto mais cedo for detectado, mais rápido é dado início ao tratamento, aumentando as chances de recuperação do paciente”, afirma a médica.

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