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quinta-feira, 25 abril, 2024

Projeto de Lei quer acabar com assédio sexual nos estádios

Campanhas deverão ser permanentes. Mulheres poderão ter acesso às câmeras de segurança dos locais

Um projeto de lei de nº 155/2020 de autoria do deputado estadual/delegado Lorenzo Pazolini (sem partido) pretende criar no estado uma campanha permanente de combate ao assédio e à violência sexual contra a mulher nos estádios de futebol. Além da possibilidade de identificação dos agressores ainda dentro dos locais das partidas.

De acordo com Pazolini, o objetivo é promover dentro dos estádios o combate ao assédio e violência contra a mulher, com a conscientização de todos, por meio da educação em direitos, do acolhimento às vítimas e da informação acerca dos canais de denúncia e espaços de suporte jurídico e psicológico.

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“É extremamente importante fazermos com que os números alarmantes de violência contra a mulher diminuam”, ressaltou o deputado.

O assédio, a violência sexual contra as mulheres, é um problema que vem atingindo números alarmantes no Espírito Santo. Conforme dados do Dossiê Mulher 2019, as mulheres continuam sendo as maiores vítimas dos crimes de estupro com 85,6% e de tentativa de estupro (90,9%).

Para os crimes de ameaça, lesão corporal dolosa, assédio sexual,  constrangimento ilegal e importunação ofensiva ao pudor, os dados também são preocupantes.

A mulher, como qualquer cidadão, tem o direito de ir e vir, mas não tem sido dessa forma quando se trata de estádios de futebol. Crime de assédio vêm acontecendo com muita frequência quando as mulheres vão aos estádios no Brasil. Explica em parte porque estão deixando de estar presentes neles.

A pedagoga e torcedora do Botafogo, Fabíola dos Santos relatou que sofreu assédio e constrangimento quando foi ao jogo do seu time. “Só consegui ver o primeiro tempo. Estava acompanhada com algumas amigas e ficávamos comentando sobre a partida, quando ouvimos: “São bonitinhas mas aqui o lugar é nosso”. Chamamos atenção, mas infelizmente piorou. Decidimos ir embora. Espero que essa lei seja sancionada. Temos que ocupar um lugar que também é nosso”, destacou.

Vale destacar que uma iniciativa semelhante foi recentemente sancionada pelo Estado do Rio de Janeiro, através da Lei nº 8.743 de 04 de março de 2020, que já começa a dar resultados, informando e conscientizando a população.

 

 

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