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quinta-feira, 28 março, 2024

Programa social deve dinamizar cadeia da construção civil no ES

A expectativa é de que o Minha Casa, Minha Vida aqueça o mercado econômico e dê mais volume a cadeia produtiva da construção civil

Por Amanda Amaral

A volta do Minha Casa, Minha gerou expectativa para as construtoras especializadas no mercado econômico. No Espírito Santo, há um déficit habitacional de aproximadamente 100 mil unidades para famílias de baixa renda, de acordo com a Fundação João Pinheiro, e o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Espírito Santo (Sinduscon-ES) acredita que o programa pode dinamizar a cadeia produtiva.

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Voltado para faixas mais vulneráveis, o novo Minha Casa, Minha Vida foi lançado, terça-feira (14), com a assinatura de uma Medida Provisória (MP) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Devem ser entregues 2 milhões de unidades habitacionais até 2026, de acordo com o Governo Federal. O programa retorna com a Faixa 1, que agora é voltada para famílias com renda de até R$ 2.640.

“O governo anterior focou em concluir obras paralisadas e não alocou recursos em novos projetos. Agora, o mercado está entendendo que o novo governo vai priorizar a habitação social, as bases do programa ainda não estão definidas, mas o setor da construção civil vê com bons olhas, porque isso dinamiza a cadeia produtiva como um todo”, comentou o diretor de Habitação Social do Sinduscon-ES, Joacyr Meriguetti.

Cadeia produtiva

O setor de habitação de interesse social pode entregar em apenas um projeto até 300 unidades, o que gera em torno de 300 empregos diretos, já o mercado de médio e alto padrão atua em menor escala, segundo ele. 

“Quando investe neste setor, o governo acaba fomentando uma cadeia imensa que vai desde os pedreiros, passando pelos auxiliares, pintores e outros. Já na indústria, movimentamos a do vidro, cimento, cabo elétrico, toda uma cadeia de valor é aquecida”, explicou Joacyr Meriguetti. No Espírito Santo, existem duas obras paralisadas do programa Minha Casa, Minha Vida, localizadas em Vila Velha e Cariacica. De acordo com o diretor de Habitação Social do Sinduscon-ES, havia cinco não concluídas, mas três foram retomadas no governo anterior.

construção civil
O diretor de Habitação Social do Sinduscon-ES, Joacyr Meriguetti, comenta sobre o mercado da construção no ES. Foto: Divulgação

Faixas do programa

“O programa de habitação social é divido em faixas, a Faixa 1 voltada ao interesse social, e as Faixas 2 e 3. O governo atual vai focar na Faixa 1, que precisa do investimento público, e melhorar o mercado para as demais faixas. Na habitação social não há um mercado, porque ela é praticamente doada, contudo há a valorização do entorno do empreendimento, com crescimento do comércio e melhoria da infraestrutura, o investimento é na qualidade de vida das pessoas”, comenta.

Já pelo ponto de vista do construtor, para atuar no mercado econômico, é preciso volume, de acordo com Joacyr Meriguetti. “É um setor muito sensível, porque trabalhamos com margens baixas, precisa ter escala para ter resultado. Tem que fazer volume”, pontua.

Confira a proposta de divisão de acordo com as faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida:

No caso das famílias residentes em áreas urbanas:

Faixa Urbano 1 – renda bruta familiar mensal até R$ 2.640;
Faixa Urbano 2 – renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400; e
Faixa Urbano 3 – renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8.000.

No caso das famílias residentes em áreas rurais:

Faixa Rural 1 – renda bruta familiar anual até R$ 31.680;
Faixa Rural 2 – renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 até R$ 52.800; e
Faixa Rural 3 – renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 até R$ 96.000.

Fonte: Ministério das Cidades.

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