Agricultor da região serrana do Espírito Santo adquiriu cerificação internacional e agora exporta sua produção para a Europa
Por Otávio Gomes*
O produtor Alexandre Lemke Belz, de Santa Maria de Jetibá, exportou um contêiner com 1400 caixas de gengibre para compradores da Holanda. O sucesso do empreendimento agrícola de Alexandre contou com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES).
Com propriedades em Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina, Alexandre trabalha com o cultivo de gengibre e abacate nas terras que herdou da família há 14 anos. Através da consultoria oferecida pela Sebrae-ES, o produtor se especializou em técnicas de manejo do solo, conhecimentos do clima, gestão de custos da produção e da mão de obra, além do conhecimento necessário para a emissão de certificado internacional para exportação.
“Consegui a documentação para tirar o certificado Global Gap e a empresa na Holanda viu que nosso produto tinha a certificação necessária para exportar. Os holandeses fizeram uma visita à nossa propriedade em Santa Leopoldina, degustaram, gostaram e fecharam negócio conosco. No final de setembro, enviamos 1400 caixas no valor de R$ 110 cada. Com o lucro da exportação, vamos conseguir investir em melhorias para a propriedade”, conta o agricultor.
Após o sucesso da exportação do primeiro contêiner, Alexandre conta que já recebe propostas de outros países. “Mandamos todo o nosso produto. A próxima colheita deve acontecer só no ano que vem e provavelmente vamos exportar”, completou.
A analista responsável pela Região Serrana do Sebrae-ES, Fênix Collistet de Araújo, explica que a regional tinha um projeto para dar apoio à produção de raízes e tubérculos no Estado. “Conversamos muito sobre como as produções orgânicas têm muito valor de mercado, representando uma possibilidade de exportação. O consultor, que já tinha trabalhado com o grupo, auxiliou o produtor a juntar os documentos necessários para o certificado Global Gap e acompanhou o Alexandre nas auditorias, fazendo todo o trâmite de desembaraço aduaneiro”, explica a analista.
*Sob supervisão de Erik Oakes