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sexta-feira, 19 abril, 2024

Primeira sessão mostra que o processo de votação do impeachment será tenso

 Fora Dilma!, Viva a democracia! e Fora Cunha! foram alguns dos gritos de ordem nesta manhã, na disputa entre governistas e oposição 

A Câmara dos Deputados iniciou na manhã desta sexta-feira a primeira sessão do rito de votação do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que irá durar três dias, depois que o governo foi derrotado no Supremo Tribunal Federal (STF) em sua última cartada para barrar o processo. Na sessão aberta pontualmente às 8:55 como estava previsto, primeiro foi concedido um tempo para a denúncia de crime de responsabilidade contra a presidente e outro para sua defesa. Em seguida, o tempo foi dos partidos com representação no Congresso.

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Parlamentares pró-impeachment gritavam “Fora Dilma” pouco antes do início da sessão, enquanto os governistas receberam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no plenário com o grito de ordem “Fora Cunha”. Assim que a sessão foi declarada aberta houve gritos de “viva a democracia”.

O governo tentou na última quinta-feira ( 14) suspender a votação do impeachment na Câmara ao apresentar uma ação ao STF com pedido de liminar, mas o plenário do Supremo, por um placar de 8 a 2, rejeitou o pedido. Com isso, o plenário da Câmara ouve hoje os autores da denúncia contra a presidente e a defesa dela, bem como partidos com representação na Casa e deputados que quiserem discutir a questão. O rito segue pelo sábado, culminando no domingo com a votação da autorização da Câmara para a instauração do processo de impedimento, em que são necessários 342 votos para que o Senado seja autorizado a instaurar o processo de impeachment.

Em meio à crescente debandada de parlamentares de partidos da base aliada para uma posição favorável ao impedimento, o governo admite que está “lutando com suas últimas forças” para tentar segurar votos suficientes e impedir a aprovação da abertura de processo. Dilma é acusada de cometer irregularidades orçamentárias como as chamadas “pedaladas fiscais”. O governo nega irregularidades e diz que impeachment sem crime de responsabilidade equivale a um “golpe”.

Primeira sessão mostra que o processo de votação do impeachment será tenso

Trânsito – O trânsito foi desviado para vias paralelas ao Eixo Monumental. Grupos pró e contra o afastamento da presidente Dilma ficarão separados pelo “muro do impeachment”. A fim de garantir a segurança das pessoas nos atos previstos para ocorrer na Esplanada dos Ministérios durante a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, a Polícia Militar interditou o trânsito no local desde a madrugada desta sexta-feira (15) até domingo à noite nos dois sentidos. A circulação dos veículos foi desviada para as pistas N2 e S2, paralelas ao Eixo Monumental. Motoristas que estacionaram em algum ministério ou em frente à Catedral tiveram até as 9h de hoje para retirar o veículo. Quem estacionou em local irregular teve o automóvel guinchado e, mesmo em vaga regular, quem não tirou o carro de lá hoje cedo, só poderá fazer isso no domingo à noite.

O governo do Distrito Federal determinou que a área em frente ao Congresso Nacional fique isolada e restrita apenas a policiais, bombeiros e militares da Força Nacional.
A direção do Metrô decidiu alterar o horário de funcionamento. O serviço funcionará das 11h às 23h. A partir das 20h, somente a estação Central, na rodoviária do Plano Piloto, ficará aberta para embarque e desembarque. As outras 23 estações ficarão abertas apenas para desembarque. Os passageiros são orientados a comprar o bilhete antecipadamente para evitar filas.

A Polícia Militar recomendou que manifestantes levem água ao ato e evitem transportar objetos de valor ou grande quantia de dinheiro. Fogos artifícios, máscaras, megafones e garrafas de vidro são proibidos na Esplanada. O governo do Distrito Federal decidiu reformular parte do esquema de segurança e liberar o uso de bonecos infláveis por parte dos manifestantes durante a votação do impeachment neste final de semana. Também foi acordado que os grupos que tiverem os interesses atendidos no processo poderão desfilar com trio elétrico pela Esplanada dos Ministérios, mas somente depois da dispersão dos movimentos opostos. O aumento no número de carros de som está em discussão.

A decisão foi tomada na tarde de terça-feira (12), depois de discussão entre representantes da Secretaria de Segurança Pública e membros de diversas entidades, como Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Movimento Brasil Livre (MBL), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Resistência Popular, Vem Pra Rua e União Nacional dos Estudantes (UNE).

A Revista ES Brasil acompanha todo o processo de votação em Brasília. 

 

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