O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, foi de 0,44% em maio – uma desaceleração em relação aos 0,60% de abril – mas representa o maior resultado para o mês desde 2016.
Por Munik Vieira
Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (25), nos últimos doze meses, o indicador acumula alta de 7,27%, resultado acima dos 6,17% registrados nos doze meses anteriores.
O resultado foi puxado, principalmente, pelo aumento do valor da energia elétrica. Neste mês, passou a vigorar bandeira vermelha, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
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De acordo com o levantamento, todos os grupos de produtos tiveram alta na inflação, exceto o de transportes, pois houve queda nos preços das passagens aéreas, que recuaram em todas as áreas pesquisadas. Além disso, também houve recuos nos preços dos transportes por aplicativo e do seguro de veículos.
Confira os resultados
Grupo | Variação mensal (%) Abril / Maio |
---|---|
Índice Geral | 0,60 / 0,44 |
Alimentação e bebidas | 0,36 / 0,48 |
Habitação | 0,45 / 0,79 |
Artigos de residência | 0,55 / 0,89 |
Vestuário | 0,17 / 1,42 |
Transportes | 1,76 / -0,23 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,44 / 1,23 |
Despesas pessoais | 0,05 / 0,09 |
Educação | 0,00 / 0,08 |
Comunicação | -0,04 / 0,03 |
IPCA
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de abril a 13 de maio de 2021 e comparados com aqueles vigentes de 16 de março a 13 de abril de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.