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sexta-feira, 29 março, 2024

Presos PMs que tentaram impedir ordem judicial

Justiça determina a prisão de cinco policiais militares envolvidos na tentativa de impedir que o militar da reserva e ex-deputado federal, Lucínio Castelo de Assumção (Capitão Assumção) fosse detido. Os policiais foram presos em uma operação realizada nesta quarta-feira (29).

Apesar da Corregedoria da Polícia Militar não ter divulgado os nomes, os soldados Heryson Andrade Ladislau Silva, Marcos Israel Ferreira da Silva, Fernando Januário Cristo, Caio Gumiero de Oliveira e Marcos José Seidel foram listados no processo, que não está sob sigilo, e pode ser acompanhado no site do Tribunal de Justiça.

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Na decisão do juiz Getúlio Marcos Pereira Neves, da Vara da Auditoria Militar, os PMs são acusados de resistência, ameaças e agressões praticadas durante o cumprimento de uma ordem judicial. E o despacho inclui ainda um novo mandado de prisão para Assumção, notificado nesta quarta-feira (29), por resistir, com uso de violência, à prisão.

O magistrado descreve que, no momento da prisão, Assumção fez ofensas a dois oficiais superiores, além de “agressões físicas perpetradas pelos praças contra oficiais, ao saque de arma de fogo por uma praça contra oficial superior e outras arruaças que culminaram na fuga do indiciado Assumção”.

Ainda de acordo com a decisão judicial, relatos do Ministério Público Estadual apontam “indícios da prática de lesões corporais, resistência, ameaça e violência contra superior por parte dos indiciados”. Ele destaca ainda que as prisões são necessários porque foi contatado “haver disposição suficiente, por parte dos representados, de interferir na apuração dos fatos, já que não hesitaram em se opor à ação da própria Corregedoria da Corporação”.

O fato

No primeiro dia de carnaval, 25 de fevereiro, a Justiça havia decretado a prisão do Capitão Assumção. Mas, quando militares, acompanhados do corregedor, coronel Ilton Borges, foram executá-la, houve resistência. Os cinco policiais impediram que Assumção fosse detido em frente ao 4º Batalhão, em Vila Velha, à época com os acessos bloqueados pelo movimento de aquartelamento dos militares. Em meio à confusão, o Capitão Assumção fugiu.

Três dias depois, Assumção se entregou à Corregedoria da Polícia Militar e foi recolhido ao presídio da corporação, no quartel de Maruípe. O militar deverá responder a dois processos: um pela acusação de incitar o movimento grevista e de aliciamento de outros policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais; e outro por reagir e se opor a uma determinação judicial.

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